Tricotilomania – arrancar cabelo é doença e tem tratamento
A tricotilomania não se encaixa propriamente na categoria “queda” de cabelos, porque nesse caso os fios não caem: eles são arrancados. Trata-se de um comportamento compulsivo, muitas vezes associado a quadros de stress, depressão e ansiedade, que leva a pessoa a puxar e remover os fios do próprio cabelo.
O problema é mais comum – e perigoso – do que parece. Acredita-se que até 4% da população pode ser afetada (as mulheres são quatro vezes mais propensas a desenvolver o quadro do que os homens). Nos casos em que os fios arrancados são ingeridos (chamado de tricofagia), as complicações de saúde podem ser bastante severas, inclusive com risco de morte.
O perigo é ainda maior porque a maioria dos afetados sofre calada. O constrangimento de desenvolver áreas visíveis de calvície junta-se à vergonha de admitir que foi a própria pessoa que arrancou os fios, o que pode levar ao isolamento social e agravar ainda mais o problema.
Não é um hábito inofensivo, não é frescura, não é “pra aparecer”, não é falta do que fazer. Tricotilomania é coisa séria. E tem tratamento.
Como acontece
Não se sabe exatamente que fatores interferem no surgimento da tricotilomania. Algumas pessoas manifestam o comportamento desde crianças, outras passam a arrancar os fios após algum acontecimento importante, estressante ou traumático. Acredita-se que fatores genéticos também possam ter alguma influência no surgimento do distúrbio.
Apesar das associações frequentes com stress e ansiedade, em grande parte dos casos o comportamento aparece em situações entediantes ou de forma “automática”, como um hábito, sem muita atenção dirigida ao que se está fazendo (os fios são puxados distraidamente enquanto a pessoa estuda, assiste televisão, fala ao telefone ou lê um livro, por exemplo).
Em outras situações o tricotilomaníaco procura por fios dentro de um critério específico (numa área definida da cabeça, com uma textura ou comprimento determinados, que pareçam arrepiados ou fora do lugar, que sejam brancos ou mais claros/escuros que os demais). Muitas pessoas dizem sentir tensão e ansiedade, seguidos por um grande alívio ao arrancar os fios e, mais tarde, pela culpa por tê-lo feito – o que aproxima o quadro dos padrões observados em um vício.
Normalmente o comportamento se manifesta quando o indivíduo está sozinho, e nem sempre o alvo são os cabelos: os pelos de outras partes do corpo também podem ser arrancados (sobrancelhas, cílios, barba, etc).
O distúrbio é motivo frequente de constrangimento social, seja pelas críticas de familiares e amigos (que muitas vezes não entendem que o comportamento é um distúrbio, e não uma escolha simples e fácil de interromper), seja pelo impacto visual gerado quando as áreas de raleamento ou ausência total de cabelos ficam evidentes. É comum que o tricotilomaníaco tente esconder os sinais, seja usando lenços, chapéus ou outros artifícios para cobrir as áreas mais danificadas do couro cabeludo, seja deliberadamente arrancando fios de áreas diferentes da cabeça para distribuir o efeito e torná-lo menos perceptível.
Muitas pessoas “brincam” com os fios arrancados, enrolando-os nas mãos, analisando-os ou levando-os à boca, podendo até mesmo engolir os fios. Esse quadro é chamado de tricofagia, e pode levar a vômitos, dores abdominais, sangramentos internos e obstruções gastrointestinais severas, que às vezes exigem intervenção cirúrgica e podem até ser fatais se não forem devidamente diagnosticadas a tempo.
Os fios arrancados podem levar de alguns meses até muitos anos pra se recuperarem completamente (dependendo do comprimento do seu cabelo e da velocidade com que ele cresce). Se o trauma causado ao folículo for muito grande (o que pode acontecer especialmente com o arrancamento repetido dos fios durante muito tempo), pode ser que ele pare totalmente de produzir cabelo.
Encarando o problema
O primeiro passo é reconhecer o que está acontecendo. O indivíduo precisa aceitar a sua condição e entender que se trata de um comportamento compulsivo, sério e que requer tratamento.
Algumas pessoas tentam controlar o quadro por conta própria, mas é importante dizer que não conseguir parar sozinho não é um fracasso. Controlar um distúrbio apenas com a própria força de vontade pode ser possível, mas muitas vezes é o caminho mais difícil e mais sofrido. Pedir e aceitar ajuda podem ser os passos mais importantes para que alguém consiga finalmente dominar o problema.
Muitas pessoas procuram atendimento dermatológico para tratar de uma suposta queda de cabelos, mas se sentem envergonhadas de informar que foram elas mesmas que arrancaram os fios, o que pode levar a diagnósticos errados e tratamentos complicados, caros, com risco de efeitos colaterais sérios, e ainda por cima ineficientes, pois não tratam a causa real do problema. Se é o seu caso, lembre-se que mentir para o seu médico só acaba fazendo mal a você, e afastando ainda mais o dia em que você vai conseguir se tratar de verdade.
Tratamento
O tratamento considerado mais efetivo atualmente é a terapia cognitivo-comportamental, realizada por psicólogos especializados. Existem vários métodos dentro desta categoria, mas de maneira geral identificam-se os fatores que podem desencadear o impulso de arrancar os cabelos (horas do dia, acontecimentos, sensações, estados mentais, locais específicos, etc) e então são adotadas alternativas para abordá-los, substituindo a resposta automática de puxar os fios por comportamentos inofensivos.
Nos casos mais severos e associados a outros distúrbios é possível buscar tratamento psiquiátrico, com administração de antidepressivos, ansiolíticos e outros medicamentos relacionados, mas na maioria dos casos o tratamento psicológico já apresenta resultados bastante satisfatórios.
ATUALIZAÇÃO (14/11/2015) – Se você mora em São Paulo, pode procurar o PRO-AMITI, Ambulatório Integrado dos Transtornos do Impulso. É um serviço do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas que oferece atendimento especializado para tricotilomania. A dica foi dada pela leitora Sandra Nunes, nos comentários deste post (muito obrigado, Sandra!).
Para acelerar a recuperação das áreas calvas do couro cabeludo, uma possibilidade que pode ser avaliada com o dermatologista é o uso de minoxidil (em forma de loções, espumas ou cremes), para estimular os folículos na produção dos novos fios. Saiba mais sobre o minoxidil clicando aqui.
Se a área calva gerada pelo arrancamento dos cabelos for muito visível, é possível que uma prótese capilar seja uma boa solução para resolver o problema estético enquanto os fios naturais se recuperam. A peça pode ser adquirida no formato da área atingida, e os modelos que são fixados ao couro cabeludo com adesivos permitem que o usuário tenha uma rotina absolutamente normal (podendo nadar, se exercitar ou lavar os cabelos sem precisar retirar a prótese). Saiba mais sobre próteses capilares clicando aqui.
A participação em grupos de apoio, nos quais seja possível conviver e trocar experiências com outros que sofrem da mesma condição, pode ser uma experiência bastante positiva. Se você não encontrar algum na sua cidade, sempre existem as comunidades online (como o grupo S.O.S. Tricotilomania no Yahoo).
E você?
Você tem tricotilomania? Há quanto tempo luta contra o problema? Já tentou algum tratamento ou método para evitar o impulso de arrancar os cabelos? O que funcionou e o que não funcionou pra você? Conte pra gente nos comentários!
Sou uma mulher de 45 anos que convive com essa maldita doença desde os 14 anos de idade, nem lembro o motivo que me levou a essa compulsão. Já tentei várias vezes parar, até consigo por uns dias, mas logo recomeço novamente. Tenho muita vergonha de contar pra quem quer que seja, nem meu marido sabe disso, apenas minha mãe. A falha chegou num estágio tão terrível que fui obrigada a abandonar meus fios longos por um corte joãozinho, de passar máquina na parte de trás, onde arranco os fios, dos dois lados próximos às orelhas. Meus cabelos ficaram tão falhados que fico arranjando uma forma de esconder. Olha, sinceramente acho que nenhuma medicação é capaz de controlar isso, mas sim força de vontade e saber que isso é sim uma doença grave. Tenho vergonha de ir ao salão, tenho vergonha de alguém mexer no meu cabelo, tenho raiva de mim por ter esse hábito nojento e que me maltrata, me deixa triste e com baixa autoestima. Bem, ando lendo muito, muito mesmo sobre o assunto, relato de várias pessoas com o mesmo problema. Isso significa que não estou só, que se trata realmente de uma doença como tantas outras. Hoje estou há duas semanas sem arrancar nenhum fio, quando fico nervosa achando que vou cair em tentação ponho qualquer coisa que eu consiga colar nos dedos, isso me ajuda. Estou confiante e creio em Deus que não vou voltar a fazer isso, mesmo que por acaso arranque um fio ou outro não vou me destruir como antes, eu creio. Falar sobre o assunto foi muito importante, descobrir que sou doente foi mais ainda. Vou conseguir e vou relatar isso como forma de ajuda, tenho fé, e vcs tmb conseguirão.
Descobri o site esta semana, procurando matéria sobre o Eflúvio Telógeno. Agora, lendo as demais matérias do site, cheguei a esta e decidi comentar, pois eu tinha isso quando pequena, e na minha adolescência nem eu, nem minha família, sabíamos que se trata de uma doença. Eu puxava muito meus cabelos, procurava por fios com aspecto “palha” para puxar, e tinha a forma certa de puxar, que era o fio sair com a raiz. Péssimo. Não cheguei a ficar com falhas por conta disso e hoje não faço mais, há mais de 5 anos que não faço isso.
Vou avisar minha família e conhecidos sobre isso. Muito legal o site e as informações. Queda de cabelo é uma realidade que afeta muitos, e muitas pessoas não têm acesso à informação, infelizmente. E por conta disso sofrem caladas, pois tratamentos para queda geralmente são caros, e também não são todos que têm acesso a um profissional. Parabéns pela atitude do site de divulgar essas informações, e mais ainda compartilhar os comentários sobre causa, tratamento, produtos, etc.
A gente agradece pelo seu comentário, Juliana, mas gostaríamos de reforçar que nenhuma informação que a gente disponibilize aqui no site substitui o atendimento médico, ok? 🙂
Olá, descobri quando eu tinha 11 anos, hoje tenho 25. Já tomei várias medicações, já fiquei chapada de remédios. Na primeira vez a médica me dava remédios que eu não conseguia nem ir ao banheiro, comer sozinha… fiquei com medo de psiquiatra, era criança. Em 2011 fui me tratar em Maringá, minha mae mentiu pra mim que era um psicólogo, quando eu descobri que era psiquiatra eu queria morrer. Não queria saber de nada, tinha medo de ficar dopada de remédios novamente. Eu tento esconder isso ao máximo. Meus pais, minha nona, minhas irmãs e o meu ex sabem. Eu não falo nada. Tenho vergonha, medo! O pior de tudo é que as pessoas olham pra você e dizem “pare de comer cabelo, voce é relaxada, vai morrer com cabelos no estômago” e tal. Não é fácil, é horrível. Não sei mais o que fazer pra parar. Preciso parar, tenho medo que a minha filha aprenda comigo isso 🙁 morro de medo, sério!! Tô casada agora, esses dias pensei em contar pra ele disso, mas tenho medo de ouvir coisas, e não falei nada. Tô ficando sem cabelos, tem um monte de falhas. Quando fico nervosa, brava, com medo, ansiosa, eu arranco. Sem contar que às vezes eu escolho. Me senti “aliviada” que não sou a única, primeira vez que sentei e vi comentários das pessoas e eu me sentindo igual à pessoa. Tô chorando… eu quero me curar disso.
Meu Deus, achei que só eu fazia isso, é mais comum do que eu imaginava. Faço isso há mais de 1 ano, como vi que não era normal resolvi pesquisar e fiquei chocada. Realmente arranco quando estou distraída, tento parar mas não consigo. É horrível, sinto vergonha e tento cobrir o máximo para ninguém perceber por que é justamente na frente. Também estou muito aliviada de saber que não sou a única, mas como vi que tem tratamento, vou procurar imediatamente um psicólogo. Agradecida pelos comentários e com o assunto que é muito abrangente… boa noite
Eu tenho 35 anos e arranco os cabelos desde os 12 anos, se não me engano. Tudo começou ao ver minha mãe puxando os fios brancos da cabeça, daí eu quis imitar e tô nessa de arrancar fios até hoje. Consigo ficar dias sem tocar no cabelo, mas quando o estresse e a ansiedade batem, aí não tem jeito. Minha família vive no meu pé por conta disso e lembro de receber até tapas na mão quando mais jovem. Eu quero muito me curar, mas ainda não sei como. Sinto vergonha por fazer isso e às vezes acho até que sou louca. Que bom que encontrei um lugar pra falar do meu problema sem ser julgada. Obrigada
Estou com esse problema há 10 anos, confesso que é difícil de controlar, mas tudo é possível. Arranco cílios e sobrancelhas, imaginem, eu tenho que tapar as falhas com lápis de correção. Mas comecei a triagem no PRO-AMITI e espero obter bons resultados. O importante é não se sentir envergonhado, encarar isso com firmeza. Se alguém questiona, como já me ocorreu, digo que realmente sofro com essa maldita tricotilomania e quem não tem algo de que se envergonhar, não é verdade? Sempre fui muito tímido na vida, imaginem vcs depois dessa situação, rsrsrs. Aí que eu encarei mesmo, porque se eu der atenção a esse problema não vou ter vida social.
Olá. Eu tenho tricotilomania há 12 anos. Só soube q era um distúrbio uns 4 anos atrás, hoje tenho 31. Comecei puxando os fios mais grossos e fui progredindo até que comecei a puxar em áreas específicas. Uma vez que ficava dolorido continuava arrancando, hora pela dor, hora pela satisfação que me causava. Momentos depois vinha a culpa.
As primeiras falhas vieram nos primeiros dois anos. Há 11 anos não solto o cabelo por conta das falhas. Cada vez que tenho que ir a algum lugar e não consigo arrumar o cabelo fico desesperada! E também não entro na água em locais públicos, como piscinas, mar, rios… As pessoas não entendem que o seu maior desejo pode ser só poder soltar o cabelo ou poder ir num salão, nadar, sem se sentir constrangido.
Os momentos em que mais puxo são quando estou ansiosa, assistindo TV, ou quando só fico pensando. O estresse tem sido o pior gatilho pra mim! Por muitas vezes coloquei esparadrapo nos dedos. Outro dia cheguei até a cortar meus dedos pra me impedir de puxar. Não adiantava, eu comecei a puxar os fios menores com uma pinça!
3 meses atrás eu tive a minha pior crise, fiz falhas em quase toda área superior da minha cabeça. Eu olhava no espelho, sentia culpa, chorava e voltava a puxar novamente. Esse foi o meu fundo do poço! Mas também foi a minha subida, pois essa foi a minha última crise. Tem 3 meses que não arranco um só fio de cabelo sequer.
Gostaria de dizer aqui: não tem uma fórmula pra se curar! Tive inúmeras recaídas e tentativas frustradas. Hoje lido com um dia de cada vez, foi como funcionou pra mim. Eu me dizia: só hoje. Conversei literalmente com meu cérebro que não precisava fazer isso é me apeguei muito com Deus, minha causa maior de recuperação. Tenho certeza que sem Ele eu não teria conseguido! Meu cabelo agora está com 7 centímetros as falhas e hoje à tarde fui ao salão e cortei meu cabelo curtinho. Não porque assim eu não teria cabelo pra esconder as falhas, mas sim porque eu senti que era um novo começo, sem presilhas, andar com ele exposto. Foi libertador!
Eu consegui e sei como é importante pra quem ainda não conseguiu parar e ler isto. Eu não vou dizer “tenha força de vontade”, não é a falta dela que nos impede de parar… vou desejar que vc tenha fé. Muita fé. Eu consegui.
Desde minha adolescência comecei a sofrer com a tricotilomania, mas só hj sei que é uma doença e tem nome. Lembro de ter ficado com uma falha enorme no meio da cabeça, pois arrancava os fios “grossos” que incomodavam. Depois de muita força de vontade meu cabelo cresceu. Hj em dia não arranco os cabelos da cabeça, mas em compensação arranco minha barba. Ela não pode crescer que já procuro os fios “grossos” e arranco, depois coloco na boca e trituro com os dentes. Me dá um alívio e prazer fazer isso. Depois, como todos aqui relatam, vem o arrependimento. Tenho 27 anos e há anos que faço isso. Espero ter força de vontade para parar, que Deus dê força a todos nós para vencermos!
Olá, tenho 13 anos e comecei com essa “doença” no começo de 2016, quando estava fazendo um tratamento nos cabelos ou penteando. Eu não tenho muitos amigos, nenhum na minha perspectiva, e sempre choro por isso. Minha família sempre me apoia nisso. Ninguém na escola fala ou brinca comigo, eu simplesmente fico isolado na sala de aula, sozinho, pensando na minha vida. Minha irmã fala que eu só me faço de coitado, mas não consigo impedir minha depressão, meu isolamento. Eu me identifiquei muito com esses casos, até fiquei feliz por não ser uma coisa de pessoa fraca, pois meu pai fala que isso é uma coisa fácil de lidar e sempre brigo com ele por causa disso. Quem me ajuda realmente nessa batalha é minha mãe. Eu já apontei uma faca na minha cabeça para resolver meus problemas, mas ainda tenho um fio de esperança de que isso acabe. Me distanciei de diversas pessoas por causa disso, e por isso espero que isso acabe. Me sinto tão estranho arrancando, e triste ao mesmo tempo. Mas muito obrigado por comentar, me senti muito bem com isso e com certeza torço que todos vocês ganhem essa batalha. Eu me senti um grão de areia lendo os casos de vocês, kkk.
Caro Gabriel, não desista e procure um tratamento, pois tem, é o que eu vou fazer a partir de hoje. Peça forças a Deus, ore a ele, crê nele pois ele vai te ajudar. Sei o quanto é difícil quando não temos o apoio das pessoas que gostamos, até mesmo por falta de conhecimento de fato da doença. Não se entristeça com essas pessoas, mas deposita sua fé em Deus, sei que ele vai te ajudar. Vamos conseguir, com fé em Deus, e seremos mais que vencedores!
Oi, tenho 60 anos e comecei a arrancar pestanas (cílios) aos 11 anos. Meus pais davam bronca, mandavam eu parar de arrancar e diziam que era só questão de força de vontade, mas não é verdade. Sofri a vida toda com isso! Só aos 36 anos descobri se tratar de tricotilomania, numa revista que informou o nome de uma psiquiatra em São Paulo. Moro no Rio de Janeiro, mas estava tão desesperada que pedi dinheiro para minha tia e fui a São Paulo. O nome da psiquiatra é Roseli Gedanque Chavit (não lembro se é assim que se escreve), mas lembro bem que foi a primeira vez que alguém falava a minha língua e me entendia de verdade!! Ela prescreveu um antidepressivo e melhorei, não curei 100% mas diminuí a vontade de arrancar e melhorei a maneira como me sentia depois que arrancava, menos culpa. Não tive dinheiro para continuar o tratamento em São Paulo, então procurei psiquiatra e psicóloga no Rio. Sei bem o que vocês passam, pois sempre sofri muito com essa doença (transtorno). Até hoje ainda arranco cílios, mas não arranco tudo! Nem ficam falhas grandes. A pior fase da minha vida foi a adolescência, quando eu arrancava tudo, queria ir à festa e não tinha cílios para passar rímel. Ficava triste, me achando anormal, um ET!!! Hoje eu trato depressão com antidepressivo, o que ajuda na tricotilomania, e vou à psicóloga regularmente, o que ajuda muito! Desejo que Deus ajude e abençoe cada um de vocês! Beijos
Oi pessoal! Tenho esta mania há mais de 4 anos, sofro muito com isso e só passei para dizer que tô na torcida por todos e que Deus esteja com todos nós. Só peço para quem não tem procurar se informar e não discriminar as pessoas com esta doença! Poderia escrever até cansar aqui, só que meu proposito é simplesmente apoiar quem está na mesma situação e pedir compreensão das pessoas que não passam por isto. Obrigado!
Olá, infelizmente é uma doença que realmente não damos conta quando começa. Comigo e com alguns dos comentários que já vi até hoje, sempre tem algum fator emocional relacionado. Não percebi quando começou, já tem uns 9 anos que tento me controlar quanto a isso 😢 Consigo até ficar uns 5 dias, mas quando percebo me dá um desespero em ver o quanto de cabelo arranquei. Sempre achei que podia me controlar, mas vejo que realmente preciso de ajuda. Adorei o site e as informações contidas nele, foi de uma grande ajuda, muito obrigada. Deus é maravilhoso comigo, é nele que busco minhas forças e como ele tem me ajudado esse tempo todo, creio que sem ele já estava totalmente careca. Irei buscar ajuda no grupo de apoio a essa doença. Que Deus abençoe todos vocês!
Olá, tenho 17 anos e comecei com esse problema há cinco anos. Não só arranco como coloco na boca as raízes do cabelo. Creio que comecei com isso depois de um acontecido bastante desagradável, quando tinha meus 12 anos de idade. Não consigo controlar. Já fiz o uso de vários medicamentos, já passei por vários psiquiatras e várias psicólogas, mas não resolveu o meu problema! Não tenho cabelo na parte de cima, ESTOU TOTALMENTE CARECA e isso está me matando cada vez mas, quem sofre com isso sabe que não é por que queremos. Sinto muita vergonha de ir ao cabeleireiro para dar um trato no cabelo, mas aí eu me pergunto, qual cabelo? Se estou careca? SOCORRO gente, eu estou morrendo aos poucos com isso. Minha família fala que é por que eu quero, que não consigo ter auto domínio contra mim, mas pelo amor de Deus, não é por que eu quero. Espero de coração que me entendam. Se alguém fez algum tratamento e serviu, me recomenda por favor. Beijos e muito obrigada pela atenção!
Sou o único homem com isso? Tenho enormes falhas na franja e ainda tenho 17 anos. Já pedi ajuda a parentes, amigos, mas eles me ignoram, até meus pais. Não sei o que fazer. Comecei ano passado (2015) com 16 anos e até hoje ainda puxo. Evito cortar o cabelo por causa das falhas, pois tento esconde-las. Quando peço ajuda minha mãe, ela fala “É só parar” (como se fosse simples), e quando falo que não consigo parar de arrancar, ela manda eu rapar pra tirar tudo de uma vez. Que merda de vida, viu!
Boa tarde! Vi seu comentário e tenho mesmo problema, o que me ajuda a ficar um tempo sem praticar esse vício tão horrendo é quando uso touca no cabelo. Quando vou ao local e sinto a touca acabo me distraindo e não arranco o cabelo. Tenta isso. Precisamos ter força de vontade. Eu nem sabia que tinha até nome, sempre achei que só eu no mundo fazia isso. Deus vai nos dar vontade de parar e vamos conseguir. Boa sorte
Breno, sou homem, tenho 33 anos, convivo com este vício desde os 14 anos. Nunca busquei tratamento especializado, o ápice foi na sua idade (aos 17), ao ponto de ter um buraco de 2 x 4 cm aproximadamente, na parte superior da cabeça. Sofri bastante com isso, com os colegas do colégio. Hoje tenho esse vício controlado em 95%. Os 5% canalizei para arrancar os pelos do peito e da região genital, muito raro arranco alguns da cabeça, mas logo mudo o local. Buscar informações é o primeiro e importante passo, você não está só nesse mundo complicado e cheio de vícios (quem acha que não tem, não acha que não precisa revelar…). O ideal mesmo é você buscar cuidados médicos, eu sempre busquei informações pela internet e PRINCIPALMENTE ajuda médica é IMPRESCINDÍVEL! Psicólogos especializados como dito na matéria: “O tratamento considerado mais efetivo atualmente é a terapia cognitivo-comportamental, realizada por psicólogos especializados”. Seja maior que isso, no início via isso como um vício como outro qualquer, tipo roer as unhas, cutículas, mas não, esse problema pode virar um grande empecilho e muito sério pra sua auto-estima e principalmente sua saúde. Boa sorte!
Olá pessoal, gostaria de contribuir com o seguinte:
Observações:
1. A grande maioria das pessoas com o problema começou a arrancar cabelos, cílios, sobrancelha, no final da infância- início da adolescência;
2. Muitas destas pessoas relatam pertencerem a famílias disfuncionais e apresentam como característica comum certa jovialidade no comportamento;
3. Os cabelos arrancados, de regra, diferem dos demais em algum aspecto – ou mais grossos, ou mais curtos, mais longos, etc.;
4. De regra, as pessoas portadoras do transtorno têm inteligência racional acima da média, são empáticas e gostam de harmonia – relacional e estética;
5. O ato de arrancar é também, de regra, ritualístico. Com diferenças de pessoa para pessoa, geralmente os fios arrancados são levados à boca, tira-se a raiz, que pode ser engolida ou descartada, ou, se mantida a raiz, os fios arrancados são “colados” lado a lado em alguma superfície; há quem, sentindo culpa, largue o fio imediatamente no chão após ser arrancado;
6. Há momentos específicos que desencadeiam a compulsão, sobressaindo-se três: momentos de estresse, contemplativos – vendo tv, por exemplo-, ou de maior atividade intelectual.
7. Identifica-se alguma similitude de motivação com a unicofagia – hábito de roer unhas -, com a diferença de que quem rói unhas tende a dar menor importância para a aparência, enquanto que a maioria das pessoas que arranca cabelos, sobretudo se do sexo feminino, é vaidosa.
Conclusões:
Afora questões relativas à química cerebral, pode-se observar na conduta algumas constantes:
1. A necessidade de arrancar os fios diferentes associa-se inicialmente à ideia de equiparar os fios mantidos no couro cabeludo; há, portanto, uma necessidade subjacente de retirar aquilo que difere, porque, no âmbito da concepção inconsciente, aquilo que difere atrapalha a regularidade e simetria das coisas; coisas simétricas tendem à excelência, perfeição. Arranca-se o cabelo “ruim” diante da impotência de consertar o passado e o presente, bem assim, de poder determinar atos de terceiros – pais convivendo em harmonia, colegas de escola e professores amáveis, ter o brinquedo desejado. O ato de arrancar os fios disformes significa a intenção de tentar compensar a inconstância e extirpar a disformidade dos fatos da vida, sejam eles relativos a características pessoais indesejadas do próprio indivíduo, sejam do entorno. A criança/adolescente cresce e mudam as causas das frustrações, o jeito de lidar com elas, entretanto, segue o mesmo padrão. A par da assunção de novas responsabilidades, da adoção de comportamentos típicos de adullto, a pessoa segue apegada àquela sensação de controle pela “retirada” do que está em desacordo com o ideal. Verifica-se, portanto, certa imaturidade emocional. Daí porque aparentam ter menos idade do que de fato têm – menos pelo aspecto físico e mais pela personalidade, pelo modo de agir no dia-a-dia. Muitas têm uma alegria quase infantil e se divertem facilmente.
2. O fato de o transtorno desencadear-se sobretudo no começo da adolescência diz com a inabilidade de lidar com a maior frequência de frustrações advindas do aguçamento das percepções;
3. Cada fio arrancado tem a representação inconsciente de um problema solucionado, de onde decorre a sensação de satisfação/recompensa sentida logo após o ato. A culpa subsequente redunda no sentimento de nova frustração, tanto porque os problemas não se dissipam, quanto porque há consciência de se estar fazendo algo sem sentido e prejudicial.
4. As falhas ou o princípio de calvície acabam por fomentar a compulsão, pois a sensação de que quanto mais se faz, mais cabelo/pêlos se perde passa a ser outro problema “a ser corrigido” .
5. A compulsão pode tornar-se incontrolável, momento em que o padrão estabelecido de simetria e regularidade perde espaço para a necessidade de se solucionar um novo e sério problema, que, ironicamente, consiste justamente no hábito de arrancar cabelos. É dizer, quanto mais se tira, mais se precisa tirar . Estabelece-se uma simbiose entre problema e solução, que se retroalimentam;
6. Roer unhas e arrancar cabelos envolvem o destacamento de algo do corpo e na maior parte dos casos de tricotilomania a boca está associada ao ritual de arrancar, morder e descartar. Acredito que investigar as semelhanças e diferenças de um transtorno e outro possa ser útil;
Solução:
Desconheço. Falarmos a respeito é o primeiro passo. Tenho 37 anos e convivo com transtorno desde os 14 anos. Sei que foi desencadeado por um fato estressor específico, e, assim como a maioria, venho de uma família disfuncional. Sou uma pessoa relativamente tranquila e de bem com a vida, não tenho sintomas de ansiedade, e na maior parte das vezes a compulsão se manifesta quando estou em alguma atividade intelectual que exige concentração.
As pessoas com quem convivo não compreendem e eu também nunca tentei explicar. Pedem para que eu pare quando percebem; não chego a me irritar, pois sei que é errado mesmo. Então eu paro. Porém, quando sozinha, sinto-me confortável para poder fazer sem ser recriminada.
Meu cabelo é bonito e farto. Como tenho bastante, quando percebo que uma falha começa a ficar mais visível, por vaidade e simetria, passo a “explorar” outra região do couro cabeludo.
Por outro lado, não esquento muito. Ainda não descobri se pela sorte de ter bastante cabelo – o que pode me dar a falsa impressão de o transtorno não ser assim tão grave, já que estou longe de ficar careca – ou se porque efetivamente não arranco tantos fios a ponto de ficar careca.
Desejo, de todo modo, que se encontre logo um tratamento eficaz, pois muitas pessoas sofrem seriamente com o transtorno e eu tambem gostaria sinceramente de parar com isso. Tenho boa autoestima, mas às vezes, ao arrancar, ainda que sozinha, sinto vergonha de mim mesma.
Não sei se estes pontos aqui abordados são também abordados em sede de terapia cognitivo-comportamental – imagino até que sim, também desconheço se a medicação ministrada por psiquiatras funciona na mesma linha dos medicamentos para outros transtornos, como TOC, por exemplo; o que falei partiu da minha experiência pessoal e de constatações feitas a partir de pesquisas a respeito.
Espero ter ajudado. Sigamos nos ajudando.
Abraço
Oi, tenho 18 anos e tenho essa mania de puxar o cabelo. Estou desesperada, não consigo parar, já tentei várias vezes mas não consigo. Às vezes tenho raiva de mim mesma por não dar conta de parar de puxar. Se eu tô mexendo no celular eu puxo cabelo, se tô assistindo tv eu puxo cabelo, se tô sem fazer nada eu puxo cabelo, se tô fazendo algo eu puxo cabelo… eu puxo cabelo desde meus 11 anos. Às vezes eu penso, podia ter uma forma de voltar no tempo, só pra eu corrigir esse erro… me ajuda por favor, eu tenho tanta vontade de ser normal, ter o cabelo todo, vontade de ir ao salão arrumar o cabelo, usar o cabelo solto, me ajudem…
Oi, eu tenho 20 anos e desde os 14 tenho mania de arrancar as sobrancelhas e os cílios com os dedos. Quando eu tinha 16, minha mãe notou que eu estava sem parte dos cílios de um olho. Pensei que ela ia me ajudar a parar com isso, mas em vez disso ela só me chamou de doente e disse que era coisa de gente retardada. Quando minha irmã vê ela fica rindo e meu pai não se manifesta. Eu não faço de propósito, não quero chamar atenção, eu só queria conseguir parar sem ter que pedir ajuda à minha mãe, pq sei que ela não vai ajudar e sim me julgar. Você poderia por favor me ajudar? Pq isso é desesperador e eu me sinto feia, não gosto que me olhem nos olhos pq acho que vão ficar encarando a falta de cílios.
Eu acho que tenho esse problema, porque quando eu percebo já estou arrancando meus fios de cabelo, e isso propositalmente ocasiona uma queda na parte da frente da cabeça, como se fosse uma “franja”, sendo que não é. Eu começo a enrolar os fios e logo depois, quando vi, já arranquei. Isso causa uma sensação boa na pessoa, é como se fosse um alívio para a enxaqueca. Não quero mais ter queda, quero ter um cabelo forte, hidratado, brilhoso e resistente, e não ter de me preocupar com dermatologistas por causa de uma queda que eu mesma causei. O que eu faço? Tem cura?
Olá! Tenho 19 anos, comecei a arrancar os fios de cabelo aos 13 anos, quando estudava pra prova de ciências, lembro disso até hoje. Com o passar do tempo arrancava mais e mais cabelo, os problemas de casa ajudam a arrancar mais ainda. Tentava me controlar, pois minha família me alertava sobre o que ocorreria, e eu nunca dei atenção. Sempre quando vou dormir ou quando estou assistindo TV é o horário que mais arranco cabelo. Quando olho pro chão, vejo um bolo de cabelo enorme causado por mim. Quando acordo, em cima da minha cama tem muitos cabelos, pois arranco cabelo quando durmo também. Já pensei em raspar o cabelo. Tenho ansiedade. Nesse ano de 2016 foi a época que ocorreu falhas enormes, tive que cortar o cabelo para ficar volumoso. O cabelo está nascendo cacheado novamente, mas o costume de arrancar os fios continuou. Hoje cortei o cabelo acima do ombro, mas quando olhei no espelho me deparei com um mostro que arranca seus próprios cabelos, e chorei. São falhas enormes, que não dá pra esconder. Disse pra mim mesma que não irei sair de casa até meus fios crescerem, mas essa não é a solução. Pretendo me ocupar o máximo possível, para não ter tempo de arrancar os fios cabelo. Quero agradecer a quem criou o site pela oportunidade de deixarem cada um expressar o que sente em relação à tricotilomania, e desejo de todo coração que cada um se recupere!
Desde pequena eu tenho tricotilomania. Antes era pior, fazia nó em mechas grossas de cabelo e puxava. Hoje em dia arranco um a um, os fios mais grossos. Já tentei parar, mas aí quando estou lendo, ou prestando atenção em alguma coisa, já estou com a mão entre os cabelo selecionando um para arrancar :/
Nossa! Sempre pensei que só eu tinha este problema. Arranco o cabelo desde os 12 anos todos os dias. Prefiro de um só lugar e quando já arranquei todos é que puxo de outros lugares. Normalmente quando estou lendo ou vendo TV tento parar, mas não sei o que fazer. A sorte é que tenho muito cabelo, mas fiquei com vergonha quando fui cortar e a mulher falou que tenho mais cabelo de um lado do que do outro, se tivesse um buraco eu entraria. Agora vejo que outras pessoas sofrem. Deus vai me ajudar, eu vou conseguir parar. Tenho 46 anos. Arranco, olho e jogo fora, e sinto dor pq a região já esta muito sensível.
Olá, tenho 30 anos e sofro dessa doença desde meus 11 anos. Já fiz tratamento com psicólogo e psiquiatra, tomando fluoxetina, e não consigo parar. Sofro muito por causa disso, o que fazer? Já tentei de tudo e nada teve resultado.
Olá, acabei de descobrir que minha filha de 8 anos tem o hábito de arrancar os cabelos. Me assustei, e quando perguntei para ela o porque, ela disse que é quando fica nervosa. Eu acho que é depressão, ela chora por tudo, fala chorando. Eu tenho um filho especial de 10 anos, acho que dou mais atenção para ele do que para ela sem perceber. Estou com medo, muito medo, não quero ver minha filha assim. Meu DEUS o que faço. Gente, por favor me ajudem. Desde já agradeço.
Eu também tenho essa doença, arranco tanto os cabelos que já não posso mas deixar soltos, pq mostra as partes sem cabelos e tenho vergonha. Comecei quando meu marido saía pra beber e chegava em casa procurando briga, quebrando tudo e me agredindo, eu ficava desesperada. E depois com as preocupações do dia a dia, em casa, enfim. Arranco os cabelos com raiz e me dá a sensação de saciedade, me acalma de uma certa forma.
Bem, desde os meus 17/18 anos sofro com isso. Como um integrante de minha família me chamou de porca e nojenta, tentei eu mesma parar com essa mania, e luto com isso até os dias atuais. E claro, não consigo e hj vou atrás de uma ajuda profissional.
Por favor, onde em BH tem grupo de apoio em relação a esse problema? Os danos psicológicos são imensos e quase nunca temos alguém para conversar ou que nos compreenda ao invés de julgar, apontar o dedo, não te olhar, achar que é sua culpa ou que vc faz pq que quer. Ou sua própria mãe ter vergonha de você, ou quando um rapaz te encontra e vê vc toda bonita, mas quando ele te toca na cabeça para um carinho se assusta. Quer saber pq usa uma tiara e quer tira-la, e quando tira toda a magia se perde. Aquela pessoa não vê quem você é, apenas uma imagem estética, mas antes de te encontrar você era linda, ou melhor, seu interior o conquistava. E no momento que tocou na sua falha tudo murchou. Fora os preconceitos que sofremos na rua, pelas mulheres, homens, no trabalho e o pior de todos, na família. Por isso pergunto, existem grupos de apoio em BH para que pessoas como eu possa estar juntas e ter apoio nessa saga tão sofrida e solitária?
Olá, meu nome é Laura e comecei a arrancar meus fios este ano, em janeiro. Desde então venho procurando uma forma de parar, já diminui muito o hábito de arrancar, mas mesmo assim ainda arranco um pouco. Comecei a arrancar meus cabelos porque pensava que estava com caspa, e no final das contas não estava. Procurei um tratamento médico com uma dermatologista (Dr. Mariana), ela me passou um tipo de formulação, mas acabei perdendo o papel que estava escrito qual era o tipo de manipulação que iria ser feita naquele remédio. Desde então resolvi passar por isso sozinha, praticamente. Minha tia vem me ajudando muito nessa fase, mas ainda não é o suficiente para eu acabar com essa mania. Vim aqui saber se alguém já usou o óleo de rícino, queria começar a usar ele, ouvi falar muito sobre ele, e que ajuda no crescimento dos fios capilares. Será que vocês poderiam me ajudar nisso? Me falando se esse produto é bom para o crescimento do cabelo nessas circunstâncias?
Alguém que tenha se curado? Li tantos relatos tristes, assim como o meu, mas não vi nenhum depoimento de alguém que tenha conseguido se tratar. Tenho isso há uns 10 anos. Minha família diz que sou louca, idiota, tonta.. Ate saí de casa por causa disso, me afastei deles. Me incomoda ser criticada pq eu não sei como lidar com isso.
Bom dia pessoal, hoje tenho 35 anos, vivo com este problema desde os 5 anos de idade, ou seja, praticamente minha vida inteira. Passei e passo por muitos constrangimentos até hoje, sem falar nos apelidos que tenho que levar na minha caminhada com este distúrbio doido. Já tentei de tudo para parar com isso e até o momento não consegui. Um tempo atrás fiz acompanhamento psicológico e não adiantou nada, fui ao psiquiatra e não resolveu nada, fiz promessas para santos no passado e não deu em nada. Hoje eu tento manter meu cabelo o baixo possível e corto praticamente toda semana. Mesmo assim não consigo ficar sem arrancar os cabelos. Quando eu morava com meu pais e era menor de idade eu apanhava por conta deste fato, e meu pai falava para eu arrancar com um alicate, pois iria arrancar mais e não teria este problema, pois ficaria careca e não teria mais o que arrancar. Hoje vejo que a coisa ficou pior, pois além de arrancar os cabelos da cabeça, arranquei todos os meus cílios e ainda arranco os pelos da barba. Usei até este tal de minoxidil, mas no meu caso como é muito tempo fazendo, não resolve de nada. O problema maior é quando vamos à praia, piscina, sauna e fica muito constrangedor. Igual no meu caso, que tenho que ficar utilizando boné para esconder, isso é muito triste… Mas acredito que quem esteja no início desta doença, procure ajuda logo que creio ter solução, no meu caso não acredito mais. E o pior é a discriminação e as brincadeiras constrangedoras que nos são causadas! Se pelo menos alguém especialista se interessasse pelo caso, ou alguém quisesse me ajudar seria muito bem vindo e desde já agradeço! Mas enfim pessoal, torço por você e que encontrem a solução para este problema!
Sofro com a tricotilomania faz algum tempo. Às vezes arranco os cabelos da cabeça, mas o que eu mais arranco são as sobrancelhas. Já arranquei também os cílios, ao ponto de eles ficarem com falhas. Por muitas vezes tentei parar, mas foi inútil, sempre me pegava arrancando. Preciso parar pois minhas sobrancelhas apresentam falhas e não estou conseguindo esconder. Que tratamento preciso fazer? Não aguento mais ter que dar desculpas por que há aquela falha na minha sobrancelha!
Oi, tenho esse problema, mas não sei há quanto tempo isso acontece. Geralmente acontece em ataques de raiva ou de stress. O pior é que arrancar meu cabelo é que me ajuda a me acalmar, a controlar as crises, pois a raiva que eu sinto é absurda. Se vcs puderem me dar uma luz agradeço, obg.
Olá, tenho 15 anos e tenho isso a mais de 2 anos. Eu não notei que fazia, até que um dia meu irmão viu uma falha em mim. Eu não sei exatamente o que me faz puxar, pois a todo instante eu estou puxando. Tenho várias falhas no cabelo. Eu moro em Recife mas não sei onde tem um médico que trate disso, se vcs souberem por favor me digam! Eu tenho falha por todo o cabelo, eu já tentei parar mas não consigo 🙁 Será que isso pode ser consequência de problemas psicológicos que já sofri? Obrigada!
Tenho TTM há 20 anos. Descobri que se tratava de uma doença em 2015 e me desesperei. Tinha crises seguidas, ficava muito agitada. O mais difícil foi me aceitar, levou um longo tempo e foi bem complicado. Hoje não tenho falhas, arranco bem menos, a ponto de conseguir contar quantos, e ainda consigo parar muitas vezes antes de arrancar. Não faço tratamento algum, não tomo nenhum remédio.
Oi, faz mais ou menos uns 5 a 6 meses que estou com esse problema, acho que por que eu tenho depressão e stress. Tudo começou porque eu tenho uns cabelos enrolados, aí eu passava a mão, sentia meu cabelo enrolado e puxava, e a parte que eu puxava fiquei careca. Tento parar mas não consigo, minha mãe briga comigo toda vez que me vê com a mão na cabeça. Esse problema é de família, tenho uma prima e uma tia que têm o mesmo problema 😔 Meu cabelo já é pouco e eu ainda fico arrancando.
Olá, tenho essa doença desde minha infância, não me recordo bem qual a idade exata mas acho que a partir dos 13 anos, hoje já estou com quase 32 e ainda não consegui parar. Já passei do estagio de arrancar apenas fios da cabeça, arranco de quase toda parte do corpo e tenho o costume de ingerir a raiz e as vezes todo o pelo mastigando. Realmente é uma sensação muito ruim não poder controlar tudo isso, do nada vc se vê arrancando o cabelo e já colocando na boca… nunca fiz exames do estômago pra ver como estou, mas sei da necessidade de fazer e a necessidade maior de me curar. Qual é e como é esse tratamento para que de fato nunca mais eu faça isso, me ajudem. Realmente quando estou nervoso, pensativo ou com tempo ocioso é o momento que mais me deparo com a situação, espelho é outro chama, não posso ver um fio fora do lugar, um fio arrepiado, branco ou enroladinho, já e motivo de arrancar… mantenho sempre meu cabelo baixinho para evitar um pouco que eu arranque mais cabelos, preciso de ajuda! Faço as palavras do Israel, em 17/10/2016, as minhas, vc foi muito feliz no seu comentário, pq ainda a falta de informação desta doença faz existir este preconceito, e sabemos que essa doença vem se agravando cada vez mais, tenho uma prima com o mesmo problema.
Nossa, eu tenho essa mania há muito tempo e hoje resolvi pesquisar porque estava preocupada de perder todo o cabelo, pois já percebo algumas áreas afetadas. Não imaginava que era um transtorno e que várias pessoas também sofriam deste. É difícil mudar, pq é automático. Percebo que quando estou ansiosa fica mais intenso. Descobri uma forma de ficar sem puxar: amarro o cabelo em forma de coque, dessa forma não puxo. O problema é que quando solto, volto a puxar. Então estou pensando em ficar assim por alguns meses para ver se a mania desaparece, porque pelo que entendi nosso cérebro esta viciado em fazer isso. Espero que possa ter ajudado vcs tb.
Oi, tenho 18 anos, quando estava com 15 passei por muito stress por conta de minha madrasta, de tanto nervosismo ia pro banheiro chorar e começava a puxar meus cabelos, quando fui dar por fé estava uma boa parte sem cabelo. Hoje com 18 é bem diferente, eu não puxo tanto, mas toda hora estou mexendo no cabelo e arrancando um fio, dizendo que tem ponta dupla e essas mentirinhas. Meu único ponto fraco é lembrar tudo que minha madrasta me fez passar, aí sim puxo sem pena. Meu cabelo já não tem bom crescimento, tem uma parte por dentro que é curta e nunca cresce. 🙁
Oi, boa noite. Meu cabelo é mistura de cabelo liso com fios crespos, eu arranco só os crespos, tem bastante e é misturado no meio dos fios lisos. Fico passando o dedo de fora a fora nos fios, se eu sentir uma textura de fio crespo não consigo deixar de arrancar. É por estética mesmo, pra não ficar feio, visto que facilita até pra passar chapinha, pq alguns são muitos crespos e nem a chapinha pega. Antes de arrancar, sempre tive pouco cabelo na frente e no meio da cabeça, aí evito de tirar na parte da testa, onde fica mais aparente. Na minha nuca eu nem encosto a mão para tirar nenhum fio, visto que a maioria é liso nessa parte. Me sinto bem melhor em fazer sempre essa faxina, pois só tiro os crespos que estão misturados no cabelos mais lisos, pois se eu passasse alisante meu cabelo iria cair os fios mais lisos, que não iriam aguentar ou arrebentar com o tempo, e os crespos poderiam sair queimados por serem mais frágeis. Me sinto bem melhor na hora que eu penteio meu cabelo, é mais fácil pra cuidar, esteticamente menos volumoso e fica mais por igual, pois me dá agonia ver fios com texturas muito diferentes. Bom, é isso. Obrigada por poder compartilhar com aqueles que leram meu comentário de como eu lido com essa mania, grata!
Tenho 14 anos. Comecei a morder meu próprio cabelo no ano de 2015. Meus parentes sempre me disseram que isso era para chamar atenção, eles apenas não ligaram. Ao longo do tempo meu cabelo foi ficando totalmente desigual. Meu pais me obrigaram a cortar meu cabelo nos ombros. Já se passou um ano e meu cabelo está curto e desigual novamente. Não consigo me controlar, minha autoestima é baixa, não tenho amigos. Eu sei o que eu tenho, mas ninguém acredita em mim.
Então, tudo começou já há algum tempo. Creio que no meu caso foi pelo nervosismo, sou muito estressada e impaciente, creio que essa foi uma forma de me distrair. É um coisa tão natural pra mim arrancar os fios que acho uma delícia, mas não estou pensando nos danos futuros. Nunca fiz nenhum tratamento específico, mas reconheço que preciso de ajuda! Bjss
Oi, já arranco cabelo há 1 ano. Faço tratamento com psicólogo, não adianta, eu não consigo parar, mas eu diminuí bastante. Fico triste ao olhar no espelho e ver as falhas, dá vergonha sabe, de soltar o cabelo e ver que eu era uma moça com muitos cabelos, era pesado e volumoso, e hoje em dia tenho pouquíssimo. Fico super mal, ninguém me entende, sempre me criticam sabe, me chamam de louca, mas eu sei que vou superar isso. Beijooo