Tricotilomania – arrancar cabelo é doença e tem tratamento
A tricotilomania não se encaixa propriamente na categoria “queda” de cabelos, porque nesse caso os fios não caem: eles são arrancados. Trata-se de um comportamento compulsivo, muitas vezes associado a quadros de stress, depressão e ansiedade, que leva a pessoa a puxar e remover os fios do próprio cabelo.
O problema é mais comum – e perigoso – do que parece. Acredita-se que até 4% da população pode ser afetada (as mulheres são quatro vezes mais propensas a desenvolver o quadro do que os homens). Nos casos em que os fios arrancados são ingeridos (chamado de tricofagia), as complicações de saúde podem ser bastante severas, inclusive com risco de morte.
O perigo é ainda maior porque a maioria dos afetados sofre calada. O constrangimento de desenvolver áreas visíveis de calvície junta-se à vergonha de admitir que foi a própria pessoa que arrancou os fios, o que pode levar ao isolamento social e agravar ainda mais o problema.
Não é um hábito inofensivo, não é frescura, não é “pra aparecer”, não é falta do que fazer. Tricotilomania é coisa séria. E tem tratamento.
Como acontece
Não se sabe exatamente que fatores interferem no surgimento da tricotilomania. Algumas pessoas manifestam o comportamento desde crianças, outras passam a arrancar os fios após algum acontecimento importante, estressante ou traumático. Acredita-se que fatores genéticos também possam ter alguma influência no surgimento do distúrbio.
Apesar das associações frequentes com stress e ansiedade, em grande parte dos casos o comportamento aparece em situações entediantes ou de forma “automática”, como um hábito, sem muita atenção dirigida ao que se está fazendo (os fios são puxados distraidamente enquanto a pessoa estuda, assiste televisão, fala ao telefone ou lê um livro, por exemplo).
Em outras situações o tricotilomaníaco procura por fios dentro de um critério específico (numa área definida da cabeça, com uma textura ou comprimento determinados, que pareçam arrepiados ou fora do lugar, que sejam brancos ou mais claros/escuros que os demais). Muitas pessoas dizem sentir tensão e ansiedade, seguidos por um grande alívio ao arrancar os fios e, mais tarde, pela culpa por tê-lo feito – o que aproxima o quadro dos padrões observados em um vício.
Normalmente o comportamento se manifesta quando o indivíduo está sozinho, e nem sempre o alvo são os cabelos: os pelos de outras partes do corpo também podem ser arrancados (sobrancelhas, cílios, barba, etc).
O distúrbio é motivo frequente de constrangimento social, seja pelas críticas de familiares e amigos (que muitas vezes não entendem que o comportamento é um distúrbio, e não uma escolha simples e fácil de interromper), seja pelo impacto visual gerado quando as áreas de raleamento ou ausência total de cabelos ficam evidentes. É comum que o tricotilomaníaco tente esconder os sinais, seja usando lenços, chapéus ou outros artifícios para cobrir as áreas mais danificadas do couro cabeludo, seja deliberadamente arrancando fios de áreas diferentes da cabeça para distribuir o efeito e torná-lo menos perceptível.
Muitas pessoas “brincam” com os fios arrancados, enrolando-os nas mãos, analisando-os ou levando-os à boca, podendo até mesmo engolir os fios. Esse quadro é chamado de tricofagia, e pode levar a vômitos, dores abdominais, sangramentos internos e obstruções gastrointestinais severas, que às vezes exigem intervenção cirúrgica e podem até ser fatais se não forem devidamente diagnosticadas a tempo.
Os fios arrancados podem levar de alguns meses até muitos anos pra se recuperarem completamente (dependendo do comprimento do seu cabelo e da velocidade com que ele cresce). Se o trauma causado ao folículo for muito grande (o que pode acontecer especialmente com o arrancamento repetido dos fios durante muito tempo), pode ser que ele pare totalmente de produzir cabelo.
Encarando o problema
O primeiro passo é reconhecer o que está acontecendo. O indivíduo precisa aceitar a sua condição e entender que se trata de um comportamento compulsivo, sério e que requer tratamento.
Algumas pessoas tentam controlar o quadro por conta própria, mas é importante dizer que não conseguir parar sozinho não é um fracasso. Controlar um distúrbio apenas com a própria força de vontade pode ser possível, mas muitas vezes é o caminho mais difícil e mais sofrido. Pedir e aceitar ajuda podem ser os passos mais importantes para que alguém consiga finalmente dominar o problema.
Muitas pessoas procuram atendimento dermatológico para tratar de uma suposta queda de cabelos, mas se sentem envergonhadas de informar que foram elas mesmas que arrancaram os fios, o que pode levar a diagnósticos errados e tratamentos complicados, caros, com risco de efeitos colaterais sérios, e ainda por cima ineficientes, pois não tratam a causa real do problema. Se é o seu caso, lembre-se que mentir para o seu médico só acaba fazendo mal a você, e afastando ainda mais o dia em que você vai conseguir se tratar de verdade.
Tratamento
O tratamento considerado mais efetivo atualmente é a terapia cognitivo-comportamental, realizada por psicólogos especializados. Existem vários métodos dentro desta categoria, mas de maneira geral identificam-se os fatores que podem desencadear o impulso de arrancar os cabelos (horas do dia, acontecimentos, sensações, estados mentais, locais específicos, etc) e então são adotadas alternativas para abordá-los, substituindo a resposta automática de puxar os fios por comportamentos inofensivos.
Nos casos mais severos e associados a outros distúrbios é possível buscar tratamento psiquiátrico, com administração de antidepressivos, ansiolíticos e outros medicamentos relacionados, mas na maioria dos casos o tratamento psicológico já apresenta resultados bastante satisfatórios.
ATUALIZAÇÃO (14/11/2015) – Se você mora em São Paulo, pode procurar o PRO-AMITI, Ambulatório Integrado dos Transtornos do Impulso. É um serviço do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas que oferece atendimento especializado para tricotilomania. A dica foi dada pela leitora Sandra Nunes, nos comentários deste post (muito obrigado, Sandra!).
Para acelerar a recuperação das áreas calvas do couro cabeludo, uma possibilidade que pode ser avaliada com o dermatologista é o uso de minoxidil (em forma de loções, espumas ou cremes), para estimular os folículos na produção dos novos fios. Saiba mais sobre o minoxidil clicando aqui.
Se a área calva gerada pelo arrancamento dos cabelos for muito visível, é possível que uma prótese capilar seja uma boa solução para resolver o problema estético enquanto os fios naturais se recuperam. A peça pode ser adquirida no formato da área atingida, e os modelos que são fixados ao couro cabeludo com adesivos permitem que o usuário tenha uma rotina absolutamente normal (podendo nadar, se exercitar ou lavar os cabelos sem precisar retirar a prótese). Saiba mais sobre próteses capilares clicando aqui.
A participação em grupos de apoio, nos quais seja possível conviver e trocar experiências com outros que sofrem da mesma condição, pode ser uma experiência bastante positiva. Se você não encontrar algum na sua cidade, sempre existem as comunidades online (como o grupo S.O.S. Tricotilomania no Yahoo).
E você?
Você tem tricotilomania? Há quanto tempo luta contra o problema? Já tentou algum tratamento ou método para evitar o impulso de arrancar os cabelos? O que funcionou e o que não funcionou pra você? Conte pra gente nos comentários!
Tenho 15 anos e arranco meus fios desde os meus 8 anos de idade. Meus pais pensam que é uma queda de cabelo, nunca contei a eles porque tenho medo de me baterem, brigarem comigo e nāo me perdoarem, porque sāo 7 anos deles me levando no médico pra tentar curar “essa queda de cabelo”. Já gastaram muito dinheiro com remédios e tratamentos, até hoje estou indo no médico. Sempre que arranco eu levo os fios à minha boca. Já prometi a mim mesma que ia parar mas não consigo. Pensei que tudo isso só acontecia comigo, então resolvi pesquisar. Agora sei que tenho tricotilomania e graças a Deus tem cura. Não sei ao certo porque eu faço isso, se é ansiedade ou sei lá. Não me lembro direito o que aconteceu, mas acho que foi devido aos meus pais terem se separado, ou também pelo fato de minha mãe trabalhar muito, não ter muito tempo pra ficar comigo e com o meu irmão e me deixar nos cuidados com a babá.
Eu preciso de ajuda com psicólogos, mas não consigo contar pra ninguém. Às vezes meus amigos vêem uma parte careca e perguntam o que é aquilo, eu digo mentindo que é uma queda ou fujo do assunto. Às vezes também meu cabelo cresce e fica curto na parte de cima e longo embaixo, aí o povo pergunta se foi corte químico e eu digo que sim, mas na verdade não é nada disso. Eu só arranco quando não tem ninguém por perto ou quando estou no meu quarto. Isso é um vício, é como se fosse droga. Eu passo remédio no couro cabeludo, mas sempre que vai crescendo eu vou arrancando. No momento estou tomando Pantogar, Power Vita e outros, e passando no couro cabeludo o óleo de rícino, urtiga, Micolamina, babosa, lavando com o shampoo ZN, mas vai crescendo e eu tirando, não consigo parar, é incontrolável…
Estou tentando arrumar uma amiga com a minha idade (ou quase, tenho 14) pra podermos conversar sobre o assunto. Será que dá pra gente conversar?
Uma coisa que me ajudou é colar bilhetinhos pela casa toda escrito “não” bem grande, “você não pode fazer isso”, “tira essa mão daí”. Eu consegui ficar dois meses sem, mas na época estava tomando um remédio de ansiedade que me deixava lesada, mais ajudou um pouco. Eu entendo como se sente, é horrível, e espero que com isso eu possa contribuir para o fim da nossa doença. 🙂
Obrigada por dar algumas dicas para nos incentivar a tentar não arrancar mais os cabelos. Vai me ajudar muito!
Olá, preciso de ajuda. Tenho problemas em arrancar cabelo da sobrancelha há 5 anos. Já tomei calmante, já tentei me controlar, mas tenho uma recaída enorme em momentos de realização de provas e estudo. Moro em Teresópolis. O que seria recomendado? Meus pais não levam psicólogo nem psiquiatra a sério, então nunca pagariam um tratamento deste, já que consideram “inútil”.
Boa Tarde! Tenho 23 anos e comecei a arrancar meus cabelos com mais ou menos uns 15. Não sei exatamente o motivo pelo qual comecei, mas me lembro que uma amiga da época me ensinou a arrancar esses cabelinhos que estão nascendo e ficam para cima. Desde então não parei mais de arrancar. O meu “alvo” são os cabelinhos mas grossos e mais escuros. Hoje tenho uma falha no lado direito da cabeça, bem no centro. Eu trabalho de recepcionista e sempre estou sozinha, e é nesse tempo que arranco mais meu cabelo. Quando estou em casa dificilmente arranco, porque sempre estou fazendo alguma coisa. Então agora no meu trabalho tento me controlar ao máximo para não arrancar, mas às vezes eu nem percebo e quando vejo minha mesa está cheia de cabelo. Isso é muito frustrante. Mas é muito bom saber que posso melhorar isso.
Eu acho que arranco meus cabelos desde uns 8 anos de idade. Estou com 19 anos. Na infância eu arrancava muito, o suficiente para deixar uma parte da minha cabeça careca. Por um tempo eu consegui diminuir com isso, mas só piora agora. Estou arrancando muitos fios e tenho medo do que isso possa me causar.
Desde os 14 anos tenho tricofagia, pois além de arrancar eu engulo. É horrível, logo depois eu me arrependo, meus cabelos têm muitas falhas. 😔😔 Eu sempre tentei parar por conta própria.
Não sabia que isto era uma doença 🙁 Meu cabelo perdeu 2 palmos de comprimento, por causa disso comecei puxando só as pontas duplas, mas se pego no cabelo e sinto uma textura diferente arranco-o inteiro. Está totalmente quebrado, se puxo uma ponta dupla saio procurando mais e mais. Todo dia perco ao menos 1 cm de comprimento por conta disso. Por favor me ajudem, tenho vergonha do meu cabelo, ele é ridículo 🙁 gastei muito dinheiro para que ele cresça, mas não adianta, eu quebro todas as pontas.
Olá, eu tive esse problema quando eu tinha 9 anos, quando minha irmã nasceu, eu sentia muitos ciúmes e acho que a raiva que eu sentia era o motivo. O chão ficava cheio de cabelo que eu arrancava, mas com o tempo parou. Hoje tenho 17 anos e voltei com o mesmo problema, eu sei que não devia fazer mas não consigo. Eu achava que era só alguma mania minha, e não que seria algo maior. Qual especialista devo procurar para solucionar meu problema?
Olá, tenho 13 anos. Há mais ou menos 2 anos eu comecei a arrancar os cabelos, minha parte preferida da cabeça para puxar os cabelos é na parte central da cabeça, tipo bem no meio, em cima sabe… gente, eu comecei a arrancar os cabelos por problemas na família, e os problemas me afetaram, eu fiquei nervosa, ansiosa, não sabia o que fazer. Até então minha família soube que eu arrancava os cabelos, e os problemas se foram, mas a minha “mania” de puxar os cabelos não! Eu parei por um tempo, acho que uns 8 meses, e agora infelizmente voltei a arrancar os cabelos. Já tive a orientação da minha família para parar, mas eu não consigo. Agora eles não sabem que eu voltei a arrancar os cabelos. Eu não sei o que eu faço mais.
Comecei arrancar meus fios de cabelo com 11 anos, estou com 14. Estou com uma falha grande na cabeça, na parte de trás em cima no lado direito. E pra esconder é horrível. Me mudei de escola e nos primeiros dias foi horrível, porque eu tenho a sensação que está aparecendo a todo minuto. Conheci uma amiga e contei pra ela, mostrei tudo. Aí eu pergunto pra ela se está “aparecendo”, daí ela me diz sim ou não, e se estiver eu arrumo, assim ficou melhor pra mim. Mas isso, claro, continua sendo horrível. É uma tristeza enorme tirar foto do cabelo e ver aquela falha enorme, se sentir muito mal em local público. Eu queria muito parar 😔😭😣
Oi, bem, eu comecei com esse problema há alguns anos, hoje tenho 14. As partes que eu mais afeto são a frente, os lados e já em cima, digamos que seja na ponta da cabeça ou algo do tipo, procuro os lugares que mais doem, que me dá prazer. Sim, eu sou masoquista, já procurei ajuda com ambos os problemas mas nada funciona. Fiquei em tratamento psiquiátrico por um ano, tomando remédios de ansiedade, e psicólogos há cinco anos, não vou há dois anos. Tudo começou com um espelho que foi colocado em meu quarto. Eu tenho cabelo ondulado e a maioria dos fios eram arrepiados. Olhava as meninas bonitas da minha sala, nenhuma delas tinha fios arrepiados, então eu me olhei no espelho e comecei com isso. Minha mãe não conversa comigo faz três dias por causa disso. Sou escritora de um site de fanfic, minha mente é aberta, vejo muito anime, escuto muita musica, leio traduções, jogo muitos jogos online e visual novel, leio livros, então a todo momento eu tenho uma ideia diferente, o que faz eu não parar quieta e ter noites de insônia, que me fazem arrancar os fios. Os psicólogos me davam tinta, jogos e outros brinquedos que não ajudavam em nada, e hoje tem mais ou menos cinco anos que tenho este problema e só vai aumentando. Como disse, minha mãe me ignora e eu não me sinto bonita por ter que usar o cabelo partido em apenas um lado, ironia não é?
Olá, tenho 15 e tenho a mania de arrancar fios de cabelos desde os 6 anos. Meus pais apenas achavam um “costume feio” e, dessa forma, nunca me preocupei de verdade se arrancar cabelos era prejudicial, até que fui ficando com falhas no topo da cabeça e resolvi saber mais sobre esse assunto. Sinto que preciso de ajuda, não quero preocupar meus pais com isso, mas às vezes fico constrangida e estou vendo meu cabelo sumir e não consigo fazer nada!! Costumo arrancar mais em períodos de estresse, como testes, simulados e provas, enquanto estudo. Mesmo estando no 1º ano do ensino médio, este ano vou prestar o Enem e por estar estudando ainda mais, tanto pro Enem quanto pras provas escolares (hoje foi minha prova de matemática, nem preciso dizer a quantidade de fios que arranquei), acabo aumentando a frequência em que arranco os fios. Sempre ocorre de forma involuntária, quando vejo já tem um monte de fios em cima do caderno. Eu gostaria de saber se não existe alguma ajuda online e se possível que também tratassem de compulsão alimentar. Muito obrigada pela matéria excelente! Beijos!!!
Olá, tenho 35 anos, arranco meus cabelos desde os 5 anos de idade. Já busquei vários tratamentos, porém ainda não encontrei a cura. Não me cansarei de buscar tratamento para essa doença. Comecei a arrancar quando mudamos de casa, minha mãe disse que eu estranhei muito, chorava o dia todo e arrancava os cabelos. Os tempos se passaram e hj tenho falhas enormes, meu couro cabeludo é agredido. Já usei apliques, atualmente estou usando pó de queratina para diminuir o impacto visual das falhas. Sou muito triste com tudo isso. Já fui a psicólogo, psiquiatra, fiz microfisioterapia, homeopatia, mas vou tentar tudo de novo e mais um pouco, nunca vou me acomodar com essa doença, pois dói demais aqui dentro do peito ter essas falhas nos meus cabelos.
Oi, pessoal. Eu tenho 25 anos e arranco os cílios e as sobrancelhas desde os 10. Por muitos anos meus pais bateram em mim, diziam que era frescura minha e eu era desobediente, já que eles mandavam eu parar e eu não parava. Foi uma adolescência muito difícil. Aos 14 anos descobri que era uma doença. Hoje faço tratamento com psicóloga e psiquiatra. Tomo ansiolítico, o que ajuda bastante a lidar com a ansiedade em si, mas o hábito criado e já assimilado pelo cérebro é muito, muito difícil de mudar. Arranco quando estou distraída, lendo, estudando, assistindo TV. Vi o nosso caso num livro chamado “O poder do hábito”, de Charles Duhigg. No exemplo o autor conta que a forma mais fácil de lidar com um hábito ruim é substituí-lo por outro, ao invés de simplesmente bloquear a ação. Eu já tentei isso, mas para mim não funcionou, e a cada ano a doença fica mais severa. É triste a incompreensão alheia, é triste ter que lidar diariamente com a culpa que nos olha no espelho, é triste conviver com esta automutilação que não tem uma cura específica. Mas vamos que vamos… Desistir jamais!!!
Olá, tenho esse distúrbio desde uns 9 anos (hoje tenho 17) e acho que a causa foi descobrir que tinha uma irmã por parte de pai, e por uma ferida que estava no local. Meu cabelo sempre foi muito volumoso e bonito, liso na raiz e dá uma enroladinha nas pontas, todo mundo comentava o elogiando. Hoje em dia tenho metade do que tinha antes.
Tudo começou com a área lateral de cima da cabeça, muito evidente. Então em menos de 1 semana uma enorme falha apareceu. Fui motivo de gozação na escola e quando meu pai viu deu risada, o que me fez ficar muito mal, chorar a noite inteira. Ele também tem o distúrbio, mas arranca pelos das axilas. Comecei a sair de touca, o que me ajudou. Só usava cabelo preso para todos os lugares, não queria que ninguém percebesse. Quando já tinha 11 anos foi a primeira vez que tive coragem de o soltar na escola. Me senti bem e mais confiante, pois a falha (que eu acompanhava o crescimento do cabelo olhando pelo espelho) já não estava perceptível, o cabelo já estava bem grande. Eu já estava bem controlada nesse período, mas arrancava um pouco de cabelo das têmporas, o que foi passageiro.
Mais ou menos 1 ano depois eu voltei a arrancar mais frequentemente, agora na região da nuca. Fiquei com uma falha horrível, e ao contrário do quadro anterior, agora não podia prender o cabelo, se não todos iriam ver. Fui na casa da minha amiga e fomos brincar de maquiagem e tal, quando ela foi mexer no meu cabelo pra fazer um penteado acabou vendo, não falou nada mas eu percebi sua risada contida. Consegui parar de arrancar o cabelo dessa região, mas novamente, 2 anos depois voltei a arrancar os cabelos em cima da cabeça, agora não só no lado esquerdo, onde tudo começou, mas no lado direito. De novo perceberam na escola, diminuí muito mas não parei. O tempo vai passando e tem períodos que eu arranco muito, outros que me controlo, e atualmente tenho falhas quase imperceptíveis, pois arranco cabelo de mais de um lugar, mas ainda tem muito o que crescer. Os fios sempre tiveram uma característica, cabelos pequenos com texturas “estranhas”.
Hoje as pessoas voltaram a elogiar, o que me motiva a parar de arrancar e querer que ele fique mais bonito. Foi muito difícil chegar até aqui, passando por algumas humilhações, e me sentindo péssima. Consigo me controlar mais e disfarçar algumas falhas, sinto que só preciso de ajuda de algum profissional para isso, mas tenho vergonha de me abrir. Gostaria muito de agradecer por essa página, pois vi que não sou só eu que tenho esse “problema” e que com força de vontade, vencer essa vergonha e procurar alguém que possa me ajudar, vou me curar. Parabéns! Acho que vocês motivaram muitas pessoas a buscar tratamento profissional, como eu 🙂
Obrigado pelo seu comentário e boa sorte no seu tratamento, Ana! 🙂
Conheço vários amigos e amigas que possuem tricotilomania e consigo perceber que os que enfrentam esse transtorno, essa mania que não há explicação de sua origem pelo mundo da ciência e psicologia, vem crescendo bastante. Alguns sites dizem que atinge 4% da população mundial, mas isso está se alastrando e as pessoas só percebem que é algo sério quando começam a se isolar e serem apontados e criticados pela sua aparência. Essa terapia cognitiva comportamental funciona por certo tempo, mas não garante a cura. Sou tricotilomaníaco desde 2010 e desde esse tempo venho criando formas de me libertar dessa mania incontrolável, já conseguir ficar messes e até anos sem arrancar nenhum fio de cabelo, mas inesperadamente tudo some em questão de minutos.
A minha sugestão para o site é criar um grupo só de tricotilomaníacos, psicólogos, psiquiatras e terapeutas especializados na área de dermatologia. O grupo pode ser em alguma rede social de compartilhamento de multimídia, como Facebook, WhatsApp ou Telegram. Primeiramente seria lançado o convite em todas as redes sociais e os responsáveis por lançar o TCC no grupo iriam explicar o passo a passo para fazermos individualmente a cada dia. Depois disso, cada membro teria que enviar a resposta por meio de imagens, vídeos ou outro meio no grupo para os próprios membros poderem avaliar. A tricotilomania ainda não tem cura porque as pessoas se isolam e somente pela união poderemos vencê-la. Desde já agradeço o site pela oportunidade.
Trabalho na área de tecnologia da informação e se precisarem de ajuda para propagar nas redes sociais que a tricotilomania é um transtorno e precisa de cura estou à disposição para ajudar, acho que eu faria qualquer coisa para me livrar dessa mania. Só uma curiosidade, só quem possui tricotilomania em qualquer estado ou tricofagia irá entender o que irei dizer, a melhor sensação além de arrancar os pelos é você poder vê-los crescendo novamente e mais bonitos que antes, eles nascem mais grossos, mais brilhantes e possuem uma resistência que nenhum outro poderia ter.
Vamos avaliar as suas sugestões, Maxwell 🙂 Obrigado pelo seu comentário!
Oie, tenho 18 anos, tenho esse distúrbio desde os 15 anos. Eu não sei ao certo o porque de puxar e arrancar os fios, mas às vezes acho que foi devido à separação dos meus pais, o fato de não me aceitarem. As pessoas me veem arrancando, falam que é frescura minha, mas não é. E o pior é que agora estou com calvície e não tem como esconder, preciso parar mas não consigo, já tentei e não consigo, isso assusta as outras pessoas.
Olá, eu tenho o problema desde os 12 anos. Estou com 34 agora. Lembro que comecei quando fui passar férias com minha avó e tias e comecei a sentir bastante saudade de minha mãe e irmãos. Durante os últimos anos houve época em que arranquei bastante cabelo e cheguei a ter falhas na cabeça. Houve épocas em que não conseguia parar, fazia em todo os lugares, o tempo todo! Hoje vai um pouco melhor mas ainda faço com frequência. Geralmente procuro por fios de grossa espessura. Não dói. Acho prazeroso. Geralmente não sinto culpa, mas tenho raiva de achar cabelos o tempo todo pelo chão. Nunca procurei tratamento.
Bom dia, apresentei um quadro grave de tricotilomania aos 13 anos, fiz tratamento com uma psicologa durante 8 meses na época. Fui diagnosticada com um alto nível de ansiedade e possível depressão, sofri bullying na escola e comecei a ser atendida também por uma psiquiatra voltada a atendimento com crianças e adolescentes. Comecei um tratamento com uso de medicamentos que combatiam ansiedade, depressão e deficit de atenção, meus cabelos do couro cabeludo voltaram a nascer, durante uns 2 anos eu não apresentei mais o quadro.
Quando eu tinha uns 16 anos voltei a arrancar os cabelos, mas desta vez da sobrancelha, cheguei a não ter nenhum fio das duas. Comecei a namorar um rapaz que percebia que eu tinha esse distúrbio, mas me auxiliava e me dava força.
Hoje estou com 20 anos, sou uma pessoa comum, que se relaciona bem com outras pessoas, faço uma boa faculdade pública e estou trabalhando, e há pouco tempo voltei a arrancar os cabelos do couro cabeludo. Estou tentando controlar sozinha essa situação, não é fácil, mas acredito que não será impossível. Sofro críticas em casa, principalmente do meu pai, que diz ser um desequilíbrio espiritual. Ele acha que entende tudo e está sempre certo de tudo, sem ao menos procurar saber, ler ou entender o que é a tricotilomania. Eu acredito que todos que tenham esse distúrbio, seja qual for o motivo, sairão dessa situação. É só buscar tratamento e encarar que o que você tem é um distúrbio e que você não é menor que ele.
Olá, tenho 17 anos e a minha tricotilomania surgiu quando eu tinha apenas 11 anos. Pra falar a verdade eu nem sei como começou, só lembro de do nada começar a arrancar alguns fios, e quando percebi já estava arrancando bolos de cabelo. Tenho cabelos lisos e compridos, meu foco em arrancar cabelos está no meio da parte de cima do couro cabeludo. Essa área possui algumas falhas, por isso eu optei em pegar algumas mechas do outro lado do cabelo para cobrir estas falhas. Eu sinto um grande prazer em arrancar meus cabelos, é uma delicia sentir a dor do fio grosso sendo arrancado do couro cabeludo machucado. Às vezes eu sinto a área coçando, daí não me controlo e preciso arrancá-lo, é um vício. Existe uma pequena área onde provavelmente não nasce mais cabelo, do tamanho da unha do mindinho, bem pequeno, este é o meu “ponto G”. Eu costumo muito cutucar este lado com vários objetos, até jogar um pouco de água. Eu nunca procurei tratamento, minha família e professores se preocupam. Eu sei que posso parar algum dia, eu realmente gostaria de parar, mas é um prazer tão enorme. Espero parar algum dia, é triste ver minha mãe varrendo inúmeros fios de cabelo do meu quarto, eu realmente fico preocupado.
Oi gente, tenho 15 anos e sofro disso há 5 anos e 2 meses. Não sei bem o que me levou a começar isso, o que eu sei é que a cada dia que passa eu arranco mais. Minha mãe se desespera bastante e com razão. Muitas vezes eu parei pra pensar e vi que eu não tenho motivos suficientes para fazer isso, mas eu já perdi todas as esperanças. Já tomei vários e vários tipos de remédios controlados. Eu não tenho cura gente, já desisti de parar :'(
Eu tb tenho esse problema, qndo tinha 14 anos perdi meu primeiro amor, ele faleceu, então fiquei muito mal e comecei a arrancar na divisória da cabeça. Fiquei muito tempo arrancando, mas aí parei. Agora voltei novamente, pois tive uma gravidez indesejada e em seguida meu marido me abandonou grávida, depois de 7 anos de casada. Não consigo parar, ando nervosa e arranco sem perceber, mas arranco muito, agora passei a arrancar na lateral. Fico até triste pq queria muito parar, sei que preciso de ajuda.
Olá, tenho 25 anos e sofro de tricotilomania desde os 14 – consigo parar por algum tempo, mas em épocas muito estressantes o impulso volta. Estou tentando parar sozinha, mas é realmente muito difícil – sou uma pessoa calma por fora e muito ansiosa por dentro… meus impulsos acontecem à noite quando vou dormir – às vezes consigo controlar, mas às vezes chego a acordar no meio da noite já arrancando os fios de forma inconsciente, é muito chato. Meu namorado andou reparando nas falhas do cabelo, eu disse que estava com um pouco de queda… consegui confessar para minha mãe o problema. Adorei a matéria, vou tentar tomar ansiolíticos naturais à noite e dormir de cabelo amarrado ou com uma touca para amenizar o problema e dar tempo dos fios crescerem, quem sabe até abandonar o “vício”. Tomara que dê certo, hehehe.
Olá, tenho 25 anos e sofria dessa doença desde 10 anos de idade. Não sei como começou, nunca sofri nenhum trauma. Faz 4 meses que não arranco mais o cabelo. Nunca procurei ajuda médica por vergonha, nunca compartilhei com ninguém meu problema, mas por força de vontade resolvi tentar sozinha. Tudo mudou dentro de mim quando, pesquisando sobre o assunto pela internet, li que pessoas que sofrem do distúrbio tem o cérebro diferente das que não têm esse problema. Isso mexeu comigo, sou igual a qualquer outra pessoa. E resolvi mudar, em vez de arrancar eu cuido muito do meu cabelo. 4 meses atrás estava cheio de falha, onde eu ia todo mundo perguntava, mas hoje já está crescendo cabelo. Não é fácil, é lutar com um leão por dia. E lembrar que “só por hoje, não”.
Olá, sofro com a tricotilomania já fazem 11 anos. Onde posso encontrar tratamento em Belo Horizonte?
Olá meninas! Depois de ler todos esses comentários me senti com coragem de falar desse sofrimento que carrego há muito tempo. Comecei a arrancar cabelo aos 13 anos, hoje tenho 34 anos e o problema só aumenta. É uma mistura de tristeza, ansiedade, vergonha e muito desespero em não conseguir parar. Tenho uma família muito complicada, com vários episódios tristes na minha infância. Minha mãe me critica muito por achar que eu arranco meus cabelos porque quero. Estou desempregada e sem perspectiva de vida, confesso que já até pensei em suicídio (às vezes acho que não sirvo para esse mundo) pra acabar de vez com essa dor que não sei onde começa e nem onde termina. Só sei que preciso de ajuda urgente!
Oi! Tenho uma filha de 2 anos e meio e geralmente quando ela acorda tem cabelo arrancado nas mãos. Fazia meses que não arrancava, ela não arranca do couro cabeludo, não sei exatamente como faz mas acho que quebra o cabelo. Em um lado todo da cabeça o cabelo é mais curto que no outro lado. Hoje coloquei luvas improvisadas nas mãos dela pra ver se resolve. Acho que ela voltou a puxar o cabelo porque o meu marido e o meu filho viajaram, talvez a falta deles, não sei exatamente o que é. Se alguém puder me dar mais informações com base no que eu falei, fico muito agradecida.
Lendo esses comentários acabei ficando sem esperanças de sarar. Eu arranco os meus desde os 7 anos de idade e já tenho 26. Tento me controlar ao máximo, mas penso nisso o tempo todo, fico irritada pq não arranquei. Todos me acham insuportável, mas eu só me acalmo quando arranco. Mas não é o suficiente, quero mais e mais.
Olá, tenho 16 anos e sou um tricotilomaníaco. Meus pais disseram que desde quando eu era um bebê eu ficava com a mão na cabeça enquanto dormia, e só depois de um tempo eles descobriram essa minha mania. Já até me fizeram rapar o cabelo algumas vezes, mas mesmo assim não adiantou. Lendo esta publicação eu estava com a mão no cabelo e só depois percebi. Tenho muito medo de que possa acontecer de não nascer mais cabelos, pois estou com uma falha visivel na frente do cabelo, que fiz nas férias devido ao stress e entediamento. Vou procurar fazer uma terapia. Estou aqui só para falar do meu caso mesmo; observei algumas informações interessantes e úteis e as usarei o mais rápido possível. Obrigado.
Oi, boa tarde, tenho 27 anos e há mais ou menos dois anos comecei a amarrar meu cabelo fazendo pequenas bolas de nós e depois arranco. Por mais estranho que pareça, sinto um alívio quando faço isso. Por conta disso passei a cortar baixinho, mas é só crescer que continuo. É incontrolável, quase automático. Às vezes sinto dores e só então paro. Se souberem algo sobre esse distúrbio me ajudem pois quando corto meus cabelos já surgem pequenas falhas. Obrigado.
Boa tarde, depois de ler todos esses comentários tive coragem de falar sobre. Desde os 7 anos sofro com esse distúrbio, arrancava aos montes até que minha mãe interferiu e que eu lembre acho que parei, porém sempre usava rabo de cavalo (pois era onde eu arrancava os cabelos e dava pra disfarçar). Aos 15 anos voltei a arrancar, hoje com 27 anos tento disfarçar a falha que tenho no centro da cabeça e tento controlar. Tem dias que nem lembro, e outros que quando me pego já tenho arrancado vários dos cabelos novos e grossos. Cada dia é um dia vencido, mesmo que arrancando, mas sei que é menos… nunca procurei tratamento por vergonha, vou alcançar a cura arrancando um cabelo a menos cada dia.
Oi, essa doença começou desde os meus 8 pra 9 anos. Eu puxava meus cabelos às vezes sem nem sentir, muitas vezes eu estava vendo TV e do nada o fio de cabelo já estava em minha mão. No começo eu nem ligava, mas depois foi ficando mais profundo. Tudo começou porque eu via muito meus pais brigarem, daí a tricotilomania foi crescendo e eu passei a ter vergonha de sair de casa. Já tentei de várias maneiras esconder, mas não tem jeito, tentei até parar de puxar mas não consigo. Meu maior medo é de ficar totalmente careca e ser motivo de piada na escola ou algo assim. Mas tenho fé que vou alcançar a cura arrancado um cabelo a menos dia após dia.
Comecei esse maldito vício quando tinha mais ou menos 12 anos, sofri muito na adolescência porque tinha que andar escondendo os buracos na minha cabeça. Quando tinha que ir pra escola eu tinha medo que tirassem o chapéu que eu usava para esconder, não frequentava shopping, evitava festinhas com amigos. Minha família brigava, dizia que era só eu parar e pronto, mas não era simples assim. Cheguei a um ponto que tinha arrancado tanto cabelo que não tinha mais como esconder usando o cabelo de um lado para esconder o lado que faltava. O tempo foi passando e eu sofrendo com isso, minha mãe chegou a mandar raspar minha cabeça e fiquei me sentindo pior do que eu estava, foi um dos piores dias da minha vida. Em nenhum momento procuraram um médico, talvez por condições financeiras. Hoje tenho 25 anos e convivo com isso, aprendi a usar minha força de vontade para me controlar. Consigo ficar sem arrancar no máximo 4 meses, mas não aguento mais viver com esse vício. Minha vida social é melhor do que na minha adolescência sim, mas continuo evitando certos programas por conta disso. Às vezes vou ao salão de beleza e tenho vergonha, chego até a mentir dizendo que usei um certo produto e caiu. Meu namorado nem sonha que tenho isso, chego a falar a mesma coisa que falo no salão. Gente, eu simplesmente não aguento mais isso. Não quero passar o resto da minha vida tendo que esconder falhas na minha cabeça. Esse mês voltei a arrancar, demorei meses para conseguir que crescesse, e pior, tenho medo que não cresça mais em algumas regiões, como acontece com alguns.
Olá! Tenho 22 anos, tenho tricotilomania desde os 14 anos de idade e sofro muito com isso. Nunca procurei um especialista, até porque tenho vergonha,
é uma mania muito feia. Às vezes tento controlar, mas parece ser mais forte que eu. Sinto uma sensação de prazer, alívio ao arrancar os fios. Não queria dizer isso aqui, mas mordo as raízes dos fios.
Bom dia a todos! Tenho 46 anos, sofro com esse distúrbio há +- 6 anos, claramente sinto-me desconfortado com isso. Tenho o hábito de arrancar os fios cabelos das sobrancelhas, do nariz e da orelha (nas sobrancelhas causam até mesmo feridas). Além disso levo-os à boca e engulo, é algo meio que automático, involuntário.
Sou alcoólatra e estou em tratamento há 8 anos, também larguei o tabaco no mesmo período. Faço tratamento contra o stress, faço uso de medicações, mas infelizmente esse meu comportamento ainda persiste.
Não sei exatamente do que se trata, muito provavelmente de minha ansiedade. Lamentavelmente durante esse tempo venho lutando com problemas no joelho que causaram-me trombose, e agora tenho consequências como problemas de circulação. Estou aguardando por cirurgia na rede pública há 10 anos no que se refere ao joelho, e com relação às varizes já aguardo cirurgia há 1 ano. Tenho certeza que isso me prejudica e muito para ter uma vida mais tranquila.
Já contribuo com INSS há 27 anos, mesmo doente tenho que continuar contribuindo. É de fato um verdadeiro descaso com os nossos direitos. Nossos governantes de fato rasgaram a constituição, pois tenho certeza de que não se aplica o que está escrito.
Gostaria muito de ajuda…
Nunca havia imaginado que isso poderia ser um problema psicológico, mas tenho há muitos anos, acredito que desde o final da minha infância, lá pelos meus 12/13 anos. Hoje estou com 36 anos, por alguns tempos fico tranquila, não arranco minhas sobrancelhas, mas de repente, se me vejo ansiosa ou em meio a um problema pra resolver, vem a crise. Só tiro as sobrancelhas, e isso claro que me incomoda, afinal de contas mexe muito com a estética. Uma das primeiras coisas que olham na gente é nosso olhar, e lá está a sobrancelha pra deixar o olhar mais bonito, mas pra mim isso não existe, pois ela está sempre falhada.
Queria me curar disso de uma vez por todas, confesso que já tentei de todas as formas, mas sempre caio em tentação novamente. E arranco metade delas, das duas sobrancelhas, é muito chato. Várias pessoas já perceberam, além da minha família, claro. Meus familiares me condenam, mas não imaginam o quanto me sinto culpada por isso, por não conseguir me controlar. A sorte é que ao menos não deixo de fazer as minhas coisas, trabalho, faço mestrado, saio com amigos, tenho uma vida normal. Acho que meu caso não é tão grave então, porém não menos importante de ser tratado.
Achei interessante ter um lugar que trata disso especificamente, na USP. Vou tentar ir até lá pra ver isso. Agradeço pela dica e pela reportagem.
Olá, tenho 17 anos, comecei essa “mania boba” em 2011. No começo eu puxava o cabelo porque gostava que saísse aquela pontinha branca. Você pensa: “tenho muito cabelo, se eu arrancar alguns não vai fazer diferença porque tem muitos ainda”, mas quando menos percebe já esta com uma falha visível no cabelo. Depois de alguns anos, isso que começou apenas como uma mania virou vício! O momento mais triste é quando tem que ir em algum lugar movimentado (que tenha pessoas). Eu usava boné para não ficar à mostra a minha falha no cabelo, mas tem lugar que não pode usar, aí vinha aquela vergonha. Na escola então… já me perguntaram o porque da falha, mas eu nunca falei a verdade, sempre dizia que o cabeleireiro errou o corte.
Conheci o óleo de rícino, passava esse óleo onde havia as falhas, ele fazia o cabelo crescer um pouco mais rápido. Mas com o tempo esse óleo “milagroso” fazia meu cabelo crescer grosso, e dava pra ver a diferença, pois a parte da frente do cabelo era mais fina e macia, já a de trás estava ficando grossa e “dura”. Até que comecei a puxar o cabelo da frente, aí que ferrou com tudo, porque comecei a passar o óleo na cabeça toda. Hoje só algumas partes dos meus cabelos têm os fios bons de antigamente, talvez porque esses fios não foram arrancados ou afetados pelo óleo.
Isso até parece uma praga, tem hora que você nem percebe que arrancou o cabelo, até parece um movimento “automático” do braço. É uma sensação boa quando segura o fio do cabelo e ele sai com facilidade, até parece que ele já estava solto. Já consegui parar de arrancar os cabelos por algumas semanas, mas queria mesmo era parar de vez! Vou tentar umas dicas que vi, como passar um pedaço de fita crepe ou qualquer outra no dedo polegar, indicador e no dedo médio. Acho estranho porque eu sou destro, mas uso apenas os dedo da mão esquerda para puxar os cabelos. Já tentei puxar com a direita mas não tenho muita coordenação sobre os cabelos. Outra dica é você tentar neutralizar a mão que usa para puxar os cabelos, use luvas ou algo que interfira na precisão dos dedos.
Eu diminuí bastante o tanto de cabelo que puxo, mas agora vou fazer de tudo pra parar de vez com isso! Basta você ter força de vontade, se concentre em NÃO PUXAR o cabelo. Sempre que você levantar o braço e for em direção à cabeça para puxar, lembre que isso prejudica apenas você, porque na hora de puxar até parece ser bom, mas quando tem que sair pra algum lugar ou ver certas pessoas, quem se prejudica é apenas você!
Desculpem-me por escrever demais, rss…
Oi Biel. Eu faço isso há mais de 10 anos, e nunca tinha percebido essa coisa de usar uma mão só, e pior que é verdade, sou destra mas uso a esquerda para puxar os fios. Vou tentar essa dica da fita crepe.
Olá! É a primeira vez que acesso seu blog e estou contente com esse assunto. Preciso de ajuda! Preciso me tratar, e atualmente estou fazendo terapia, mas sinto que preciso de mais alguns tratamentos paralelos. Hoje, pela primeira vez, pensei em raspar a cabeça para que não haja a possibilidade de arrancar os cabelos, mas não sei se devo fazer isso. Estou cheia de dúvidas. Desde os 12 anos sofro com a trico e agora já estou com 20, quase 21. Por favor, me ajude.
Eu sofro desse distúrbio desde os meus 10, 11 anos, e hoje tenho 24. Não sei o que faço para me livrar disso. Parei de estudar pois tinha vergonha de todos apontarem pra mim e verem aquele “buraco” na minha cabeça, faltando cabelo. Eu simplesmente não consigo me controlar, quando menos espero estou arrancando os cabelos. Eu me sinto bem puxando os fios, e quando vem com aquela “coisinha” na raiz (que seria o bulbo capilar) eu me sinto melhor ainda. Eu tenho muita vergonha de ter isso. Não ando com cabelo solto, tem muitas falhas. Eu preciso me livrar disso, por favor!
Oi! Tenho 16 anos e comecei a arrancar cabelo desde o começo do ano. Alguns eu boto na boca (me controlo pra não fazer isso). Minha mãe me alertou, ficava falando “Para disso! Coisa feia arrancar cabelo”. Ela reclama por sempre ter cabelo em todo canto da casa. Outro dia ela me contou que quando era jovem ficou anos com essa mania de arrancar cabelo grosso e comer só a ponta. Mês passado fui à cabeleireira, fiz uma hidratação e alisei. Na hora de alisar percebi que ela ficava olhando pra mim… então olhei de volta e ela me disse: “Tá faltando muito cabelo, você andou tendo uma grande queda, grande mesmo”. Quando meu cabelo estava alisado fiquei meia constrangida, pois realmente percebi que se não tivesse arrancado meu cabelo teria ficado muito mais bonito.
Tenho 23 anos e tenho esse problema há 7 anos. Escondo as áreas afetadas, é horrível, pois já fiquei até careca na parte da frente da cabeça, e sinto muita vergonha! Resolvi procurar ajuda e logo passei por uma consulta. Logo que eu os arranco, passo a raiz nos lábios e como, mas jogo o fio de cabelo fora. Tudo começou com a sobrancelha. Sou muito nervosa, ansiosa, quando vou ver já estou sem cabelo algum. É muito difícil, pois me chamam de careca achando que faço por que quero, não tentam ao menos entender o que está acontecendo comigo. Mas DEUS sabe de todas as coisas e um dia serei curada.