Tricotilomania – arrancar cabelo é doença e tem tratamento
A tricotilomania não se encaixa propriamente na categoria “queda” de cabelos, porque nesse caso os fios não caem: eles são arrancados. Trata-se de um comportamento compulsivo, muitas vezes associado a quadros de stress, depressão e ansiedade, que leva a pessoa a puxar e remover os fios do próprio cabelo.
O problema é mais comum – e perigoso – do que parece. Acredita-se que até 4% da população pode ser afetada (as mulheres são quatro vezes mais propensas a desenvolver o quadro do que os homens). Nos casos em que os fios arrancados são ingeridos (chamado de tricofagia), as complicações de saúde podem ser bastante severas, inclusive com risco de morte.
O perigo é ainda maior porque a maioria dos afetados sofre calada. O constrangimento de desenvolver áreas visíveis de calvície junta-se à vergonha de admitir que foi a própria pessoa que arrancou os fios, o que pode levar ao isolamento social e agravar ainda mais o problema.
Não é um hábito inofensivo, não é frescura, não é “pra aparecer”, não é falta do que fazer. Tricotilomania é coisa séria. E tem tratamento.
Como acontece
Não se sabe exatamente que fatores interferem no surgimento da tricotilomania. Algumas pessoas manifestam o comportamento desde crianças, outras passam a arrancar os fios após algum acontecimento importante, estressante ou traumático. Acredita-se que fatores genéticos também possam ter alguma influência no surgimento do distúrbio.
Apesar das associações frequentes com stress e ansiedade, em grande parte dos casos o comportamento aparece em situações entediantes ou de forma “automática”, como um hábito, sem muita atenção dirigida ao que se está fazendo (os fios são puxados distraidamente enquanto a pessoa estuda, assiste televisão, fala ao telefone ou lê um livro, por exemplo).
Em outras situações o tricotilomaníaco procura por fios dentro de um critério específico (numa área definida da cabeça, com uma textura ou comprimento determinados, que pareçam arrepiados ou fora do lugar, que sejam brancos ou mais claros/escuros que os demais). Muitas pessoas dizem sentir tensão e ansiedade, seguidos por um grande alívio ao arrancar os fios e, mais tarde, pela culpa por tê-lo feito – o que aproxima o quadro dos padrões observados em um vício.
Normalmente o comportamento se manifesta quando o indivíduo está sozinho, e nem sempre o alvo são os cabelos: os pelos de outras partes do corpo também podem ser arrancados (sobrancelhas, cílios, barba, etc).
O distúrbio é motivo frequente de constrangimento social, seja pelas críticas de familiares e amigos (que muitas vezes não entendem que o comportamento é um distúrbio, e não uma escolha simples e fácil de interromper), seja pelo impacto visual gerado quando as áreas de raleamento ou ausência total de cabelos ficam evidentes. É comum que o tricotilomaníaco tente esconder os sinais, seja usando lenços, chapéus ou outros artifícios para cobrir as áreas mais danificadas do couro cabeludo, seja deliberadamente arrancando fios de áreas diferentes da cabeça para distribuir o efeito e torná-lo menos perceptível.
Muitas pessoas “brincam” com os fios arrancados, enrolando-os nas mãos, analisando-os ou levando-os à boca, podendo até mesmo engolir os fios. Esse quadro é chamado de tricofagia, e pode levar a vômitos, dores abdominais, sangramentos internos e obstruções gastrointestinais severas, que às vezes exigem intervenção cirúrgica e podem até ser fatais se não forem devidamente diagnosticadas a tempo.
Os fios arrancados podem levar de alguns meses até muitos anos pra se recuperarem completamente (dependendo do comprimento do seu cabelo e da velocidade com que ele cresce). Se o trauma causado ao folículo for muito grande (o que pode acontecer especialmente com o arrancamento repetido dos fios durante muito tempo), pode ser que ele pare totalmente de produzir cabelo.
Encarando o problema
O primeiro passo é reconhecer o que está acontecendo. O indivíduo precisa aceitar a sua condição e entender que se trata de um comportamento compulsivo, sério e que requer tratamento.
Algumas pessoas tentam controlar o quadro por conta própria, mas é importante dizer que não conseguir parar sozinho não é um fracasso. Controlar um distúrbio apenas com a própria força de vontade pode ser possível, mas muitas vezes é o caminho mais difícil e mais sofrido. Pedir e aceitar ajuda podem ser os passos mais importantes para que alguém consiga finalmente dominar o problema.
Muitas pessoas procuram atendimento dermatológico para tratar de uma suposta queda de cabelos, mas se sentem envergonhadas de informar que foram elas mesmas que arrancaram os fios, o que pode levar a diagnósticos errados e tratamentos complicados, caros, com risco de efeitos colaterais sérios, e ainda por cima ineficientes, pois não tratam a causa real do problema. Se é o seu caso, lembre-se que mentir para o seu médico só acaba fazendo mal a você, e afastando ainda mais o dia em que você vai conseguir se tratar de verdade.
Tratamento
O tratamento considerado mais efetivo atualmente é a terapia cognitivo-comportamental, realizada por psicólogos especializados. Existem vários métodos dentro desta categoria, mas de maneira geral identificam-se os fatores que podem desencadear o impulso de arrancar os cabelos (horas do dia, acontecimentos, sensações, estados mentais, locais específicos, etc) e então são adotadas alternativas para abordá-los, substituindo a resposta automática de puxar os fios por comportamentos inofensivos.
Nos casos mais severos e associados a outros distúrbios é possível buscar tratamento psiquiátrico, com administração de antidepressivos, ansiolíticos e outros medicamentos relacionados, mas na maioria dos casos o tratamento psicológico já apresenta resultados bastante satisfatórios.
ATUALIZAÇÃO (14/11/2015) – Se você mora em São Paulo, pode procurar o PRO-AMITI, Ambulatório Integrado dos Transtornos do Impulso. É um serviço do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas que oferece atendimento especializado para tricotilomania. A dica foi dada pela leitora Sandra Nunes, nos comentários deste post (muito obrigado, Sandra!).
Para acelerar a recuperação das áreas calvas do couro cabeludo, uma possibilidade que pode ser avaliada com o dermatologista é o uso de minoxidil (em forma de loções, espumas ou cremes), para estimular os folículos na produção dos novos fios. Saiba mais sobre o minoxidil clicando aqui.
Se a área calva gerada pelo arrancamento dos cabelos for muito visível, é possível que uma prótese capilar seja uma boa solução para resolver o problema estético enquanto os fios naturais se recuperam. A peça pode ser adquirida no formato da área atingida, e os modelos que são fixados ao couro cabeludo com adesivos permitem que o usuário tenha uma rotina absolutamente normal (podendo nadar, se exercitar ou lavar os cabelos sem precisar retirar a prótese). Saiba mais sobre próteses capilares clicando aqui.
A participação em grupos de apoio, nos quais seja possível conviver e trocar experiências com outros que sofrem da mesma condição, pode ser uma experiência bastante positiva. Se você não encontrar algum na sua cidade, sempre existem as comunidades online (como o grupo S.O.S. Tricotilomania no Yahoo).
E você?
Você tem tricotilomania? Há quanto tempo luta contra o problema? Já tentou algum tratamento ou método para evitar o impulso de arrancar os cabelos? O que funcionou e o que não funcionou pra você? Conte pra gente nos comentários!
Quando eu era criança, cortei meus cílios no toco. Mas acho que isso só se agravou na adolescência. Melhorou na juventude, mas piorou muito depois que me casei. Tenho 25 anos, sobrancelhas não tenho mais. E estou começando a ter falhas na cabeça. Além disso, cutuco muito minhas unhas dos pés a ponto de machucar, e há um mês mais ou menos tenho roído as unhas das mãos. Ando muito ansiosa, fico triste por isso, mas como é difícil controlar. Mas não adianta falar com alguém, porque vão dizer que só tenho que parar. Acham que é mania besta… 😢
Olá, tenho 36 anos e estou sofrendo dessa doença, tenho muito medo de morrer por causa disso, quero e preciso de ajuda, por favor me ajudem
Olá, eu tenho 31 anos e sofro dessa doença desde os 15 anos, sempre fui muito ansiosa e acho que isso favoreceu para adquirir essa doença. Antes de arrancar os cabelos eu roía as unhas até sangrar, fiz isso por um tempo e depois parei, mas quando me dei conta mudei para os cabelos. Às vezes assistindo TV eu ia olhar e tinha vários fios no chão, isso me deixava mais ansiosa e arrancava mais. Nunca consegui me controlar totalmente, já fiz vários tratamentos com psicólogos, psiquiatras e terapeutas espirituais, já tomei antidepressivos e nem isso resolveu. Chegou algum tempo que melhorei bastante, meus cabelos voltaram a crescer, porém durou pouco pois quando voltei a arranca-los foi uma crise mais forte e incontrolável. Teve uma época que eu não podia ver espelhos que ficava na frente deles me mutilando, arrancando os fios, incontrolável. Foi muito difícil nessa época, isso tem uns dois anos, mas com ajuda da psicóloga e as terapias melhorei um pouco a ansiedade. Eu já não sei mais o que fazer para controlar, agora mesmo aqui digitando entre teclas e outras puxo uns fios, é horrível isso. Minha família me critica, não entende, na verdade a forma como me tratam só atrapalha porque me deixam mais ansiosa. Dizem que eu arranco porque quero, mas quem sofre disse sabe que não é assim. Embora tenha esse problema eu tento levar uma vida digna: estudo, trabalho e me relaciono com as pessoas, pois se isolar é pior. Estou nessa luta cruel comigo mesma, pois todos os dias digo que vou parar e não consigo. O que posso fazer? Será que eu ainda tenho jeito? Me ajude por favor.
Olá, comecei com essa mania aos 14 anos, na época meus pais estavam se separando e a fase era bem complicada. Hoje tenho 32, continuo com a mania, meu cabelo já teve fases horríveis, passei muitos anos com ele curto, sempre cortando, porque só crescia desigual. Arranco mais as pontas duplas, triplas ou cabelos quebradiços, mas de tanto puxar termina enfraquecendo a raiz e normalmente caem fios inteiros. Fico com raiva. Picoto o cabelo todo, normalmente mais na parte superior, o chão fica cheio de cabelo, também morro de vergonha. Meu namorado pede para eu parar, mas fico chateada quando ele fala, digo pra ele deixar porque estou estressada… o que provoca a vontade é o estresse, a pressão no trabalho, ansiedade, ociosidade.
Curiosamente havia até parado de puxar, mas iniciei um tratamento para emagrecer e acho que a medicação incitou que eu voltasse ao vício. Existem fases que melhoro, outras que volto… também gostaria de parar definitivamente e acredito que só depende de nós. Quando era mais nova meu cabelo era bem volumoso, queria ele mais leve, por isso também comecei a cortar os fios mais diferentes. Hoje ele é mais leve, quero ele mais volumoso… quem nos entende?
A mensagem que posso deixar para todos: a força que vem de dentro de nós é a força de Deus, do espírito santo, é Ele quem nos consola e nos apoia. Vamos pedir juntos para que Ele nos cure, em nome de Jesus, não se desesperem.
Qualquer que seja o seu problema, ele tem solução. Busque no Único que não te frustra, não coloque suas expectativas em ninguém, nem em nada, coloque em Deus. Ele sim te dá infinitamente mais do que pedimos, amém, amém, amém.
Vamos ficar lindas, porque Deus nos quer sorrindo. Beijos com cabelos ou sem, somos muito mais do que cabelos, pessoas!! Somos seres humanos, cheios de vida, se animem!!!! Olhem para o alto, olhem para o céu!!!!
Oi, tenho 17 anos e tenho esse problema há quase 4 anos. Tento parar de arrancar fios e não consigo, já tomei até remédio para crescer o cabelo, para eu parar de arrancar, mas nada adiantou. Preciso de ajuda, muita ajuda. Não posso usar o cabelo solto, só rabo de cavalo e touca ou um coque. Me sinto muito constrangida por isso. Se puderem me ajudar serei eternamente feliz 🙂 ;(
Nossa meu Deus, descobri agora que tenho. Até pouco tempo estava arrancando meus cabelos, sempre do lado direito da cabeça, próximo à orelha. Desde nova sempre fiz isso, minha mãe brigava muito comigo, mas nunca parei. Tenho fotos que dá vergonha mostrar pois estava super careca. Triste isso. 😞
Não tinha noção da gravidade ou o quão comum isso infelizmente é. Da mesma forma, não sabia que isso era uma doença, eu achava que era apenas um hábito. Não lembro quando comecei a arrancar meus cabelos, apenas em uma área específica. Já tive outras fases, antes tirava todos os meus pêlos das pernas com pinça, o que deixava eles inflamados e manchas na pele, mas consegui parar sozinha e não tive recaídas. Em relação ao cabelo, acredito que passei boa parte da adolescência assim. Hoje tenho 27 anos. Em função da minha falha, uso o cabelo do mesmo jeito há anos, para poder esconder. Eu não posso mudar ele como gostaria, não é todo penteado que posso fazer e também evito ir para piscina ou mar, pois a falha fica em evidência. Sem contar as perguntas, mas também sinto vergonha e digo que cai, ou não cresce o suficiente nessa área, mas quem convive comigo percebe. Ao longo desses anos tive altos e baixos, e isso influenciou diretamente na frequência que eu arrancava. O fato é que acontece de forma incontrolável, como vi outras pessoas aqui, é estudando, vendo TV, basicamente qualquer atividade. No entanto, hoje lendo vários relatos, reconheço que realmente é uma doença e pretendo buscar ajuda. Espero que todos nós possamos vencer isso.
Infelizmente já faz quase um ano que apresento esse problema. Acredito que tenha sido por conta da pressão que tive que lidar em estudar para passar no vestibular, tanto em relação aos meus responsáveis quanto à cobrança que eu faço a mim mesma. Assim, logo após a descoberta, fui acompanhada por um psicólogo e fui melhorando cada vez mais. Desde dezembro consegui me segurar e vencer a mania por certo tempo e, como estou no terceiro ano, parei de frequentar o profissional que me ajudava. Porém, poucos dias atrás, cedi à mania novamente, mas não de forma demasiada, dessa vez de forma menos agressiva. Acredito que esteja piorando, mas tenho medo de contar aos meus pais e familiares porque eles se encontram tão felizes quanto ao fato de eu ter “parado” e de que o meu cabelo esteja quase normal que não tenho coragem de contá-los. E o pior de tudo é que eu realmente acreditava que havia superado, que estava livre finalmente, mas agora só sinto desapontamento em relação a mim mesma. Foi muito bom compartilhar isso com alguém, espero que eu e todas com o mesmo problema venhamos a vencer esse desafio. Obrigada.
Olá, tenho 25 anos e arranco cabelos desde os 14. Já conheço bastante sobre a doença e apesar de cética quanto a uma cura total, desisti de tentar sozinha, eu sempre conseguia ficar algum tempo e depois voltava com força total, portanto quero ajuda (só que resisti até hj pq não quero tomar remédios). Trabalho perdido, arrancava todos que nasciam e outros mais. Uma dica é manter sempre as mãos ocupadas e não ficar ocioso.
Oi. Minha filha está com esse problema há dois anos, vem piorando, está no terceiro ano, e arranca os cabelos da parte da frente! Agora sei que é uma doença e vou procurar ajuda! Queria uma opinião: vcs acham certo eu pedir pra ela ler sobre o assunto?? Ver esses depoimentos? Ajudaria ela?? Desejo que vcs todas se recuperem, do fundo do meu coração. Dói tanto para uma mãe constatar que sua filha está sofrendo!! Boa sorte e fiquem todos com Deus!
Minha mãe deixava bilhetes quando eu era pequena, eu odiava mais ainda! Deixe um bilhete com este site para ela ver que não está sozinha!
Tenho 25 anos. Eu arranco há 8 anos os pelos da sobrancelha. Comecei porque um amigo meu, quando estávamos deitados vendo televisão, passava a mão na minha sobrancelha o tempo todo, pois era muito grossa e bonita. Como tenho raiva destes dias, por conta disso comecei a achar legal e comecei a passar a mão na minha sobrancelha, quando vi estava puxando e arrancando os pelos. Ela, que era linda, agora está cheia de falhas.
Olá, para mim é difícil falar sobre este assunto. Sofro com isto desde 1 ano de idade, segundo minha mãe. Nunca tive cabelos compridos e sofri e sofro muito com isso, infelizmente as pessoas são preconceituosas, é difícil até mesmo para arrumar emprego, você passa em tudo mas percebe o preconceito das pessoas. Hoje tenho 35 anos, sou mãe de um rapazinho lindo e até ele sofre preconceito por minha culpa. Passei por psicólogo quando criança, mas esta é a primeira vez que procuro saber sobre este caso e me emocionei bastante.
Tenho 28 e arranco meu cabelo há mais de dez anos. Minha história começou quando eu conheci meu ex marido, por ele ser de classe superior que a minha a mãe dele não aceitava. A gente tava muito apaixonado e, mesmo a mãe dele não aceitando, ficamos juntos. Fui morar com ele e a mãe dele em outra cidade, e daí começou meu problema. A mãe dele me humilhava, me fazia como uma empregada e não como nora. Ela era histérica, brigava muito e gritava. Comecei a ficar nervosa e daí por diante comecei arrancar meu cabelos. Sempre quando ela brigava eu ficava calada, quieta, ser perceber que estava arrancando meu cabelo. Fiquei casada dez anos, tem quatro anos que me separei, mas nunca deixei de arrancar. Meu maior sonho é parar de arrancar meus cabelos. Não sei se é por causa dessa doença, mas meus cabelos estão fracos, estão caindo muito. As pessoas falam “para com isso, coisa feia”. Pra elas é fácil falar, queria eu que fosse fácil parar. Às vezes fico em frente ao espelho pegando meus cabelos, fica faltando cabelo na aérea que puxo. Choro sozinha, calada. Tenho dois filhos do ex marido. Hoje em dia estou casada há dois anos, sou do Piauí mais estou morando no RJ, e meus filhos ficaram no Piauí com minha ex sogra. Isso também me mata, a saudade deles, fico preocupada e aí é que arranco mesmo.
Tenho este problema, não acontece todos os dias, mas mesmo assim é muito ruim. Tenho uma mania de arrancar nem tanto o cabelo, são mais os pelos da barba, quando vejo já arranquei.
Tenho essa mania há menos de 5 meses. Comecei pelo fato do meu cabelo ser muito grosso e meio áspero em certa região, e isso me incomoda muito, então acabo levando a arrancar. Minha família já percebeu e tem conversando comigo, mas não é fácil. Eu tento parar, mas acabo me pegando em certas horas com essa mania. Não que eu não cuide do meu cabelo, eu cuido sim e muito, mas como eu já disse ele é grosso demais e agonia, e me incomoda. Eu quero parar mesmo.
Olá, tenho 45 anos e já fazem quase 20 anos que arranco cabelos. Sinto muita vergonha, mas não consigo parar, quanto mais desesperada fico com a calvície mais arranco. Agora a pouco, há mais de um mês, meu filho de 9 anos começou a arrancar também, pois fica jogando no celular e nem percebe. Trabalho fora e não tenho como controlar ele, pois se tiro o celular ele vai para o computador. Estou desesperada, me ajudem.
Olá, não arranco cabelos mas sim pelos. Comecei na adolescência (13 anos), hj tenho 34 e essa mania continua. Arranco todos os dias pelos da virilha, púbis e pernas (principalmente do joelho para baixo), fico horas trancada no banheiro sentada no vaso sanitário arrancando. Meus filhos e marido batem na porta perguntando se está td bem, quando saio de lá estou toda machucada. Fico agoniada quando vejo um pelo encravado, não sossego até arrancá-lo, pego a pinça, aperto, uso agulha até conseguir tirar ele dali. Estou com as pernas e virilha cheias de cicatrizes, manchadas, escuras, feridas que doem e até “criam” pus… quando estão quase cicatrizando arranco as cascas para ver se ainda tem pelo e tirar o pus. Fico naquele pensamento: “só mais um e paro”, ou “nossa, preciso tirar esse pus para ver o que tem lá dentro”. Me engano diariamente e o pior é que gosto disso, só sofro quando vou colocar um biquíni ou saia, pois vejo o quanto estou descontrolada me mutilando. Ultimamente só tenho usado saia longa ou calça e evito ir na piscina ou praia, pois não gosto de me ver e tb pq as pessoas perguntam “O q é isso? O que aconteceu? Sua perna não era assim!!! Meu Deus, vc está sangrando!!!”.
Há anos faço tratamento psiquiátrico que me ajuda em outras coisas, mas no caso de arrancar os pelos não adiantou em nada. Estou cada vez mais preocupada, pensando onde vou parar, se essas lesões na pele podem de alguma maneira desencadear um câncer de pele ou alguma outa doença. Meu Deus que desespero, além de me machucar perco tempo fazendo isso, as vezes me atraso em algum compromisso, demoro muito pra ir deitar e quando vou meu esposo está dormindo e isso acaba nos afastando, enfim, isso me prejudica em vários aspectos. Como sair disso? Não sei!
Olá, tenho essa triste mania há uns 4 anos. Eu tinha um cabelo lindo, todos elogiavam, daí eu comecei a fazer chapinha e notava que ficavam uns fios grossos pra cima e começava a arrancar. Desde então passei a fazer isso toda vez que estava relaxada e sozinha, tornou-se uma coisa que não consigo mais controlar. Quando minha mãe viu um círculo no centro da minha cabeça sem cabelo ela entrou em desespero. Até hoje tento me controlar, mas não consigo. Sofro muito, mas principalmente por saber que minha mãe às vezes até adoece por causa disto, por me ver assim. Quando lembro daquele cabelão lindo que eu tinha, e hoje me olho no espelho e vejo só aqueles poucos cabelos, choro muito. Já até usei tinta pra disfarçar, maquiagem, quando me arrumo e vejo que só estaria bom se meu cabelo estivesse como antes, até desisto de sair. Não sei o que fazer, estou muito angustiada. Estou com 17 anos.
Oi, tenho 23 anos e arranco meus cabelos desde os 12. Não faço isso porque eu quero, ao contrário, na hora que estou arrancando algo em minha mente diz “para Luana, chega”, mas não consigo. Não sinto dor na hora que puxo, e depois quando estou satisfeita vou me olhar no espelho e me arrependo, pq não era aquilo que eu queria fazer. Sinto dores no couro cabeludo e me culpo demais por tudo que acontece. Só que não tenho coragem de falar isso a ninguém, tenho medo de acharem que é frescura, que eu faço porque quero. Tenho medo de ninguém me entender. Não tenho coragem nem de contar para meu marido a verdade. Sofro muito com isso. Quando as falhas aparecem eu digo que é pq caiu, mas não é. Ele cai sim, mas não o suficiente para fazer falhas tão grandes. Eu preciso de ajuda.
Fiquei muito feliz em encontrar esse post, pois já sofro com isso há alguns anos. Estou ficando calvo, mas isso é genético, acho. Mas minha barba… eu amo minha barba, e arranco os pelos em 2 partes, próximas ao queixo… Sonho em deixar minha barba crescer de verdade, mas quando ela vai ficando num tamanho legal, já está toda falhada nessas áreas, e acabo tendo que tirar tudo para não ficar ridículo. Isso está afetando minha autoestima demais, pois me agrado muito da minha aparência com barba, já que sem ela meu rosto arredondado, bochechas enormes e calvície não me ajudam. A barba é ou deveria ser meu atrativo, sou descendente de árabes, haha… A questão é: moro no DF, sou pobre, estou desempregado (vendendo lanches para sobreviver), não tenho plano de saúde, e duvido muito conseguir tratar isso no SUS. Saberiam me informar como posso iniciar um tratamento contra isso gratuito ou de baixo custo por aqui? Agradeço pela atenção!
Oi Ayrton, você pode procurar um psiquiatra ou um psicólogo, isso ajuda muito, ele vai tratar a ansiedade e ajudar a melhorar sua autoestima.
Oi, tenho 18 anos, já tenho este problema há 5 anos e não sei como parar… acho q meu caso é ansiedade! Realmente preciso de ajuda. Nunca me tratei com ninguém, e o que eu faço mesmo é ocupar minhas mãos para parar de arrancar meus fios, porém, sem mesmo que eu perceba, volto a arrancá-los! Isso me deixa mal…
Olá, meu nome e Friedrich. Estou com esse problema, mas o que acontece é que meu couro cabeludo coça muito, daí então eu começo a puxar o cabelo, principalmente nos horários que estudo. Como faço para parar?
Friedrich, coceira no couro cabeludo pode ser sinal de irritação, infecção ou outros problemas. O ideal é procurar um dermatologista, ok?
Tenho 14 anos e comecei aos 10, mas realmente desencadeou ano passado. Passei por muito stress e grandes crises de ansiedade. Este ano continuo arrancando, talvez um pouco menos em algumas situações. Não possuo falhas no cabelo, mas possuo vários fios curtos e espetados que estão crescendo, além de um tufo na parte superior, próximo à testa, ele fica para cima e às vezes me arrependo muito. Mas não consigo parar.
Olá, faz 20 anos que eu tenho esse problema de arrancar meu cabelo. Já sofri muito preconceito, mas agora eu consegui me conformar, não com o vício, mas sim que eu tenho que entender a situação e não ter vergonha das pessoas. Eu consigo vencer, mas cada vez eu volto de novo, agora eu estou nesse estado. É muito triste, sou muito depressiva mas não demonstro isso a ninguém, esse é o segredo 🙂 e ao mesmo tempo tenho q ter uma autoestima muito alta, depende muito do momento 🙂 eu uso extensão no cabelo e me sinto linda. Eu não paro de lutar porque sei que isso um dia vai ter fim. Que Deus abençoe todos vocês
Olá, eu tenho a doença e já assumi isso internamente, até consegui conversar com pessoas mais próximas sobre o assunto. Contudo, já tentei parar algumas vezes e não consigo. Moro em Recife e não encontro um profissional que trate do caso. Gostaria de ajuda para saber onde encontrar tratamento. Obrigada!
Olá, me chamo Mariana, tenho 29 anos e na verdade não me lembro a idade certa em que comecei a arrancar os fios de cabelo. Talvez tenha sido com uns 14 anos. No início me lembro que eu achava engraçado o fato do bulbo capilar da raiz ficar grudado na mão, depois comecei a arrancar o bulbo com a boca, mas não engolia, depois comecei a usar o fio como se fosse fio dental e quando arrebentava e prendia no dente eu só parava quando conseguia outro fio para tirar aquele preso. Isso foi aumentando, mas por ser na parte de baixo da cabeça ficava escondido, mas o cabelo foi ficando cada vez mais ralo. Quando eu tinha 21 anos eu parei de arrancar durante um bom tempo, me forcei a isso e o cabelo aos poucos foi enchendo e ficando mais bonito. Fiquei alguns anos arrancando muito pouco, só quando estava muito ansiosa ou nervosa. Mas nunca fiquei sem arrancar um fio que seja desde que isso começou. Agora há uns meses voltou com mais intensidade, meu cabelo estava cheio e lindo e começou a ficar com as pontas arrebentadas e ralas, resolvi cortar no ombro para encher de novo e tentar me policiar mais. Não entendo o porque de eu fazer isso, pois sou uma pessoa super feliz, cheia de amigos e uma família que amo apesar de todos os problemas.
Olá, tenho 17 anos, sou ruivo e esse hábito começou quando eu tinha 15 anos. Por meu cabelo ser um pouco crespo, me deparava com alguns fios com formatos engraçados e diferentes dos demais, foi então que comecei a arrancá-los. Sentia um certo alívio, ia arrancado de um em um, quando vi não conseguia mais parar, foi então que me deparei com um buraco enorme na parte da frente da minha cabeça. Minha mãe me levou em vários dermatologistas, e eu envergonhado não assumia a verdade, o que começou a me preocupar, pois estava fora de controle. Tentei parar sozinho para não aumentar minha vergonha, também comecei a arrancar de outras partes para distribuir as partes ralas ao invés de ser somente na frente como eu fazia. Usei shampoos dermatológicos e diversos outros produtos, mas de nada adiantava. Fiquei feliz por encontrar esse website pois eu não sabia pelo que estava passando e vi que existem mais pessoas como eu. Atualmente consegui conter esse hábito sozinho, pois ainda sinto vergonha dessa atitude. Gostaria de saber o que devo fazer para poder me abrir com minha família?
Estou fazendo 46 anos de idade agora no final do mês e tenho essa droga de vicio desde que sou gente. Já fui em um psiquiatra, ele me receitou um remédio de tarja preta com 120 comprimidos. Começou fazendo efeito, mas na verdade estava ficando era louco de tanto efeito colateral em mim, e acabei parando por conta própria. Era pra eu voltar 3 meses depois, mas não voltei pq dos 12 comprimidos q era pra eu tomar só meio comprimido de cada 1, só conseguir tomar acho q menos de 5 comprimidos. Um lembrete para todos que tem essa mania, fica aí uma dica, com os cabelos molhados perde a vontade de arrancar.
Eu te falo que até com o cabelo molhado eu arranco.
Olá, boa tarde, minha idade é 19. Bom, tenho tricotilomania desde a minha infância até hoje. Quando era criança eu arranquei tanto meus cabelos que teve um buraco. Eu estava na escola quando minha vice diretora gritou na cantina: “Brenda, por que tem um buraco no meio da cabeça?”. Fui direto para a diretoria, onde chamaram meus pais, que cortaram meu cabelo igual de homem. Desse momento em diante, até crescer, minha vida foi totalmente um inferno (sendo bem grossa). Fizeram bullying comigo, eu fiquei usando touca por muito tempo… com o passar dos tempos o cabelo cresceu. Enfim, eu parei de fazer isso, arrancar meus fios de cabelo, etc, só que depois (não lembro o ano ou o dia) eu voltei a fazer isso de novo, e é o terror porque arranco tanto e com tanta facilidade… bom, esse é um pouco do meu caso, não tomo remédio nem nada. Não tenho vergonha de contar para as pessoas agora, no começo eu tinha, mas sofri muito por isso e já que é algo que eu convivo e infelizmente ainda não consegui parar, queria só compartilhar um pouco do meu caso. Obrigada
Olá, tenho 17 anos, meu cabelo é liso e já o tonalizei de várias cores, até que alguns fios do meu cabelo (a minoria) começaram a ficar com um aspecto quebrado e enrolado. Por conta disso comecei a arrancá-los e agora não consigo mais parar. Todas as vezes que passo a mão no meu cabelo e percebo que tem um fio diferente dos outros eu arranco. Minha mãe briga muito, já chegou até a dizer que todo o meu cabelo iria cair de tanto eu arrancar. Isso é possível? O que devo fazer pra parar? -_-
Olá! Nossa, estou impressionada com estas informações. Nunca ouvi falar sobre esse assunto, mas conheço pessoas que tem tricotilomania e que por causa disso tiveram grandes perdas de fios que já não nascem mais. Uma amiga minha arranca os fios como algo automático, ela nem percebe. Vale lembrar que ela vive estressada. Em um determinado momento da minha vida também comecei a simplesmente gostar da sensação de arrancar os fios, parecia aliviante, e quando percebi que estava fazendo isso com muita frequência decidi parar. Não foi fácil, mas comecei a me policiar e parei. Acredito que essa mania veio após o divórcio dos meus pais, que foi bem traumático para mim. Mas fiquei assustada com o comentário da mãe de uma criança que arranca os fios até dormindo, isso é preocupante sim! Acredito que deveria ser um assunto mais falado, afinal algumas pessoas pensam que é somente uma mania!
Eu passei por um momento muito difícil na minha vida. Tive que ir embora, deixar várias pessoas q gostava e me mudei pra outra cidade, onde aconteceu muita coisa. Não me lembro exatamente quando comecei, mas foi quando tinha 12 anos. Desse dia em diante não parei até hoje. Resolvi cortar o cabelo, na primeira vez fiquei sem arrancar por quase dois meses, não deu certo. Na segunda eu tentei parar sozinho, não deu certo também. Minha mãe falava muito que isso é feio, que ia me bater, blá… Depois de meses minha mãe deixou eu cortar meu cabelo bem baixinho, número 1. Fiquei me sentindo careca, mas funcionou. Mas deu errado e a cada dia q passa só piora. Agora estou pensando em raspar tudo. Minha mãe falou q não vai deixar e disse que não precisa ir em um psicólogo, ela pensa que é frescura. Hj em dia ela não fala nada. Já tentei parar sozinho, achei q fazia isso por que meu cabelo é ruim e tirava as pontas duplas, etc… Comprei condicionador pra ver se melhora, mas não adiantou nada. O que eu faço? Tenho 13 anos. Obg
Puxo os fios desde os 10 anos. Isso ocorreu devido à ansiedade para conhecer meu irmão, que estava chegando ao mundo e eu não estava presente. Essa espera durou uma semana, daí comecei a puxar os fios sem perceber. Até hoje quando estou ansiosa com algo ou mesmo assistindo TV ou estudando, não consigo controlar, puxo os fios, perco a conta de quantos fios arranco. Graças a Deus não ingiro! Mas é torturante. Antes era só em casa, mas agora isso ocorre em qualquer lugar quando me sinto entediada. Hospital, restaurante, trabalho e na faculdade.
Não imaginava que tivessem tantos casos semelhantes ao meu, fiquei realmente impressionada com os relatos. Tenho 24 anos e arranco cabelos desde os 13. São sempre na mesma região no alto da cabeça, e escolho os fios que julgo serem ‘ruins’. Ao longo desse tempo com esse distúrbio, notei que tem épocas que ele fica mais forte e praticamente incontrolável, é horrível, e realmente tenho aquela sensação de prazer no momento em que arranco, mas logo em seguida vem o arrependimento. Não me sinto tão mal com isso, hoje não me afeta tanto, exceto quando alguém comenta que tenho uma falha imensa no meio da cabeça, mas como eu não vejo, não sinto tanto os efeitos disso.
Ontem arrumando meu quarto, notei que ao lado da minha cama tinham diversos fios, que eu mesma arranquei, e fiquei um pouco apavorada com a quantidade, eram muitos, e eu nem tinha notado que tinha arrancado tantos assim. Nas últimas semanas notei que comecei a arrancar em outro ponto da cabeça, e isso realmente me preocupou. Hoje decidi pesquisar sobre o distúrbio e conhecer mais sobre ele, sabendo como posso me ajudar, e estou me intimando a cumprir o que eu prometi pra mim mesma, de não fazer mais isso. Vou usar aquele lema ‘mais um dia, mais 24hrs’, um dia de cada vez se torna mais fácil.
Boa sorte a todos nós!
Olá, bem, eu não sei como começar a contar quando tudo isso começou. Eu não lembro se foi na minha infância, mas me lembro bem que no meio da minha adolescência comecei a puxar os fios do meu cabelo, não entendia o porque, mas o fato é que eu gostava e me sentia muito bem, dava um prazer, um relaxamento, algo que me fazia arrancar um por um. Não me lembro por quanto tempo isso durou, até porque às vezes fazia sem nem perceber. Quando eu fiquei com a maior idade e comecei a trabalhar continuei, mas não era o dia todo, pois passava muito tempo no trabalho e estudando. Eu geralmente faço isso quando não tem muitas pessoas por perto ou quando estou só e distraída. O fato é que eu achei durante muito tempo que era normal ou mania, como muitos dizem, só agora que tenho 30 anos é que percebi que isso não é normal, você olhar para o chão e ver ao seu redor vários fios de cabelos. O meu couro cabeludo fica dolorido porque geralmente puxo vários do mesmo lugar, e tenho que analisar o fio de ponta a ponta. As pessoas do meu trabalho já perceberam, às vezes me pegam puxando alguns e quando olho para o chão logo já esta cheio. Eu vou conseguir parar, não porque eu vou fazer tratamento ou coisa do tipo, vou parar por que eu quero, é só eu tentar por mim própria, se não der certo vou continuar tentando…
Tenho 15 anos e arranco os fios da minha sobrancelha há muito tempo, cerca de 6 anos. Eu arrancava e logo depois de um tempo parava, quando eu era menor não me importava com os resultados, e um tempo depois esqueci disso. Voltei a arrancar há cerca de um ano e agora minha sobrancelha tem uma enorme falha no final. Cada vez que um fio novo nasce eu fico passando a mão e quando sinto em pé eu simplesmente não consigo aguentar e arranco. No momento dá um alívio mas logo depois vou ao espelho, olho o estrago e vem a culpa. Sempre cubro minha sobrancelha mais danificada com o cabelo e também uso lápis 8B como maquiagem, mas fico com medo de alguém reparar isso. Já usei minoxidil e não vi uma melhora, e tenho medo desses danos serem permanentes e de eu não conseguir mais controlar 🙁 Não sei o que fazer ;(
Olá, me chamo Gabriela e tenho 26 anos. Comecei a arrancar meu próprio cabelo por volta dos 11 anos, não me lembro ao certo o porquê. Perdi muito cabelo, sempre tentei esconder, mas era inevitável não notar que meu cabelo estava “caindo”, como eu alegava. Sempre arranquei os cabelos do centro da cabeça, para que pudesse amarrar o restante do cabelo e ninguém perceber. Nunca procurei ajuda médica porque sempre tive muita vergonha. Aos 14 anos perdi meu pai, e se eu já arrancava o cabelo a situação piorou ainda mais. Fiquei com enormes falhas, o couro cabeludo ficou exposto. Minha mãe brigava muito, mas eu achava que podia controlar a situação. Sempre achei que largaria de arrancar os fios quando quisesse, mas com o passar do tempo notei que a compulsão por arrancar era quem me dominava… Engravidei aos 20 anos e continuei a arrancar os fios, mas só arrancava os que estavam crescendo, sempre tentei disfarçar as falhas. Bom, no mês de outubro de 2015 li os comentários aqui e resolvi tomar uma atitude e mostrar que eu poderia ser mais forte que essa compulsão. Desde outubro não arranquei mais os fios. O cabelo já cresceu bastante, tendo em vista que mesmo arrancando muito sempre tive um cabelo bem comprido e com um volume muito bonito. Mas além do cabelo estar crescendo (hoje já com um palmo de crescido) tenho um novo problema: de tanto arrancar o cabelo os fios brancos surgiram aos montes. Agora sou refém de tonalizantes, mas mesmo assim me sinto extremamente feliz por estar há 7 meses sem arrancar os fios… Agradeço de coração ao site que me forneceu informação e os comentários que me encorajaram a lutar contra essa doença. Estou muito feliz, obrigada!
Gabriela, ficamos felizes demais em saber que ajudamos na sua recuperação! PARABÉNS pela determinação e força de vontade! Muito obrigado pelo seu comentário, temos certeza que ele vai ajudar a dar força pra muita gente que está precisando 😉
Eu que agradeço a iniciativa de vcs falarem de um assunto tão delicado, continuem com esse lindo trabalho! Hoje me sinto livre da compulsão, liberta da vergonha das perguntas e me sentindo mais dona de mim msm!
Olá, sou de Palmas, Tocantins. Há uns 2 anos venho enfrentando este problema, que até então não sabia que era um problema. Às vezes chega a ferir de tanto eu arrancar. Meu cabelo é crespo, então eu fico fazendo as bolinhas e puxando. Acabei de fazer isso agorinha, enquanto parei pra ler o texto e ver se estava bom. Sou bastante ansioso e me estresso rápido. Às vezes tiro também da sobrancelha. Contei isso para minha cabeleireira e ela me pediu para procurar um psicólogo. O que eu faço? Agradeço pelo apoio.
Olá, eu comecei a arrancar os fios de cabelos quando tinha 15 anos, hoje já estou com 28. Eu arranco muito, e só paro quando começo a sentir dores nos braços. Antigamente eu não dava muita importância, e sempre achava que era normal. A minha família sempre criticava ao me ver com a mão na cabeça. Falavam que a casa tinha cabelo por todo lado, que tinha cabelo na comida, até mesmo mentir eles faziam, pra ver se eu parava, só que eles não ajudavam, isso só me fazia arrancar mais e mais. Sempre quando vinham as críticas, eu dava conta que estava puxando e logo parava, mas era só me distrair que eu voltava a arrancar. Isso acontecia sempre nas horas que eu estava sem fazer nada. Os anos faram passando e fui começando a observar que aquilo não era normal. Pedi ajuda à minha mãe pra fazer um tratamento, ela disse que o que eu precisava não era de tratamento e sim de uma obrigação, e sempre mandava eu procurar o que fazer. Ela não entendia que eu podia até procurar alguma coisa pra ocupar as mãos, mas uma hora ou outra eu ia ter que parar. Os anos se passando e eu só piorando. Sempre que deitava eu começava a arrancar, e quando olhava para o chão, não acreditava que eu tinha feito aquilo comigo. Chorava muito, mas não deixava um minuto sem arrancar. É como um viciado em drogas ou algo parecido, precisa arrancar pra sentir aliviado, satisfeito… sei lá! Eu tenho o cabelo cacheado, era bem grande e volumoso, só que eu arranquei tanto que ficou um lado bem na nuca sem cabelo. Como era muito eu não sentia falta, até as amigas começarem a falar que já estava dando pra perceber. Chorar não ia adiantar, porque quanto mais eu chorava, mais eu ficava com raiva e arrancava. Pedi novamente ajuda. Não obtive. Então cortei o que eu mais gostava, que era meu cabelo grande. Disse pra mim mesma que eu nunca mais iria fazer isso. Estou com 1 mês sem arrancar nenhum fio de cabelo, mas ainda não deixei de ficar pegando e alisando. Mas acho que já dei um grande passo. Tenho fé em deus que vou parar de alisar tbm. Só quem tem tricotilomania sabe a dificuldade que é pra parar. Obrigada!
Sinceramente não imaginei que haveriam tantas pessoas comentando isso aqui, tampouco com o mesmo problema. De certa forma já sabia que isso era uma doença, mas não sabia de tamanha gravidade. Minha mãe, ao contrário do que deveria, se nega a acreditar que isso realmente não é um comportamento que seja fácil interromper. O pior de tudo é que nessa cidade de fim de mundo não tem nenhum grupo, nenhum hospital com psicólogos ou algum psicólogo especializado na área citada lá em cima. É realmente horrível, me sinto sufocada, presa, ansiosa e triste; dá uma vontade de chorar tremenda, e você se sente impotente, não sei nem mais o que fazer, não quero continuar com isso. Já tentei parar, e consegui, mas não foi uma coisa permanente. Não chegou aos pontos mais extremos, mas pode chegar, o cabelo no topo já tá ralo… Tem algum conselho para me dar?
Me identifico com todos os casos. Tenho 25 anos e comecei aos 14, enquanto assistia tv, arrancava os fios mais grossos e ainda arranco. Tenho algumas falhas, já fiz feridas na cabeça. E sim, essa é uma doença genética, minha mãe arranca e a mãe dela faleceu sem um único fio na cabeça, totalmente careca. Eu acredito sim que haja cura. Eu sei que isso me prejudica, sei que posso acabar como a minha vó e continuo arrancando. Sou extremamente ansiosa e sempre tive baixa autoestima, também nunca procurei ajuda profissional. Depois de ler os relatos vou procurar um psicólogo, quem sabe consigo melhorar.
Um método que me ajuda a controlar bastante, e diminuir a frequência que arranco é substituir por roer as unhas por exemplo, e sempre prender o cabelo quando estou sozinha. Também uso aquele mantra que os alcoólatras usam para se controlar, digo para mim mesma: só por hoje não, e tento lutar um dia de cada vez, e isso melhora bastante. Ainda arranco, mas tento me controlar. Mas obrigada a todos vocês, é bom saber que eu não sou louca e que a cura existe sim.