Tricotilomania – arrancar cabelo é doença e tem tratamento



A tricotilomania não se encaixa propriamente na categoria “queda” de cabelos, porque nesse caso os fios não caem: eles são arrancados. Trata-se de um comportamento compulsivo, muitas vezes associado a quadros de stress, depressão e ansiedade, que leva a pessoa a puxar e remover os fios do próprio cabelo.
O problema é mais comum – e perigoso – do que parece. Acredita-se que até 4% da população pode ser afetada (as mulheres são quatro vezes mais propensas a desenvolver o quadro do que os homens). Nos casos em que os fios arrancados são ingeridos (chamado de tricofagia), as complicações de saúde podem ser bastante severas, inclusive com risco de morte.
O perigo é ainda maior porque a maioria dos afetados sofre calada. O constrangimento de desenvolver áreas visíveis de calvície junta-se à vergonha de admitir que foi a própria pessoa que arrancou os fios, o que pode levar ao isolamento social e agravar ainda mais o problema.
Não é um hábito inofensivo, não é frescura, não é “pra aparecer”, não é falta do que fazer. Tricotilomania é coisa séria. E tem tratamento.
Como acontece
Não se sabe exatamente que fatores interferem no surgimento da tricotilomania. Algumas pessoas manifestam o comportamento desde crianças, outras passam a arrancar os fios após algum acontecimento importante, estressante ou traumático. Acredita-se que fatores genéticos também possam ter alguma influência no surgimento do distúrbio.
Apesar das associações frequentes com stress e ansiedade, em grande parte dos casos o comportamento aparece em situações entediantes ou de forma “automática”, como um hábito, sem muita atenção dirigida ao que se está fazendo (os fios são puxados distraidamente enquanto a pessoa estuda, assiste televisão, fala ao telefone ou lê um livro, por exemplo).
Em outras situações o tricotilomaníaco procura por fios dentro de um critério específico (numa área definida da cabeça, com uma textura ou comprimento determinados, que pareçam arrepiados ou fora do lugar, que sejam brancos ou mais claros/escuros que os demais). Muitas pessoas dizem sentir tensão e ansiedade, seguidos por um grande alívio ao arrancar os fios e, mais tarde, pela culpa por tê-lo feito – o que aproxima o quadro dos padrões observados em um vício.
Normalmente o comportamento se manifesta quando o indivíduo está sozinho, e nem sempre o alvo são os cabelos: os pelos de outras partes do corpo também podem ser arrancados (sobrancelhas, cílios, barba, etc).

Caso severo de tricotilomania, em que grande parte do couro cabeludo foi tomada. (Imagem original: Robodoc -original uploader- de.wiki. Licensed under Public Domain via Wikimedia Commons)
O distúrbio é motivo frequente de constrangimento social, seja pelas críticas de familiares e amigos (que muitas vezes não entendem que o comportamento é um distúrbio, e não uma escolha simples e fácil de interromper), seja pelo impacto visual gerado quando as áreas de raleamento ou ausência total de cabelos ficam evidentes. É comum que o tricotilomaníaco tente esconder os sinais, seja usando lenços, chapéus ou outros artifícios para cobrir as áreas mais danificadas do couro cabeludo, seja deliberadamente arrancando fios de áreas diferentes da cabeça para distribuir o efeito e torná-lo menos perceptível.
Muitas pessoas “brincam” com os fios arrancados, enrolando-os nas mãos, analisando-os ou levando-os à boca, podendo até mesmo engolir os fios. Esse quadro é chamado de tricofagia, e pode levar a vômitos, dores abdominais, sangramentos internos e obstruções gastrointestinais severas, que às vezes exigem intervenção cirúrgica e podem até ser fatais se não forem devidamente diagnosticadas a tempo.
Os fios arrancados podem levar de alguns meses até muitos anos pra se recuperarem completamente (dependendo do comprimento do seu cabelo e da velocidade com que ele cresce). Se o trauma causado ao folículo for muito grande (o que pode acontecer especialmente com o arrancamento repetido dos fios durante muito tempo), pode ser que ele pare totalmente de produzir cabelo.
Encarando o problema
O primeiro passo é reconhecer o que está acontecendo. O indivíduo precisa aceitar a sua condição e entender que se trata de um comportamento compulsivo, sério e que requer tratamento.
Algumas pessoas tentam controlar o quadro por conta própria, mas é importante dizer que não conseguir parar sozinho não é um fracasso. Controlar um distúrbio apenas com a própria força de vontade pode ser possível, mas muitas vezes é o caminho mais difícil e mais sofrido. Pedir e aceitar ajuda podem ser os passos mais importantes para que alguém consiga finalmente dominar o problema.
Muitas pessoas procuram atendimento dermatológico para tratar de uma suposta queda de cabelos, mas se sentem envergonhadas de informar que foram elas mesmas que arrancaram os fios, o que pode levar a diagnósticos errados e tratamentos complicados, caros, com risco de efeitos colaterais sérios, e ainda por cima ineficientes, pois não tratam a causa real do problema. Se é o seu caso, lembre-se que mentir para o seu médico só acaba fazendo mal a você, e afastando ainda mais o dia em que você vai conseguir se tratar de verdade.
Tratamento
O tratamento considerado mais efetivo atualmente é a terapia cognitivo-comportamental, realizada por psicólogos especializados. Existem vários métodos dentro desta categoria, mas de maneira geral identificam-se os fatores que podem desencadear o impulso de arrancar os cabelos (horas do dia, acontecimentos, sensações, estados mentais, locais específicos, etc) e então são adotadas alternativas para abordá-los, substituindo a resposta automática de puxar os fios por comportamentos inofensivos.
Nos casos mais severos e associados a outros distúrbios é possível buscar tratamento psiquiátrico, com administração de antidepressivos, ansiolíticos e outros medicamentos relacionados, mas na maioria dos casos o tratamento psicológico já apresenta resultados bastante satisfatórios.
ATUALIZAÇÃO (14/11/2015) – Se você mora em São Paulo, pode procurar o PRO-AMITI, Ambulatório Integrado dos Transtornos do Impulso. É um serviço do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas que oferece atendimento especializado para tricotilomania. A dica foi dada pela leitora Sandra Nunes, nos comentários deste post (muito obrigado, Sandra!).
Para acelerar a recuperação das áreas calvas do couro cabeludo, uma possibilidade que pode ser avaliada com o dermatologista é o uso de minoxidil (em forma de loções, espumas ou cremes), para estimular os folículos na produção dos novos fios. Saiba mais sobre o minoxidil clicando aqui.
Se a área calva gerada pelo arrancamento dos cabelos for muito visível, é possível que uma prótese capilar seja uma boa solução para resolver o problema estético enquanto os fios naturais se recuperam. A peça pode ser adquirida no formato da área atingida, e os modelos que são fixados ao couro cabeludo com adesivos permitem que o usuário tenha uma rotina absolutamente normal (podendo nadar, se exercitar ou lavar os cabelos sem precisar retirar a prótese). Saiba mais sobre próteses capilares clicando aqui.
A participação em grupos de apoio, nos quais seja possível conviver e trocar experiências com outros que sofrem da mesma condição, pode ser uma experiência bastante positiva. Se você não encontrar algum na sua cidade, sempre existem as comunidades online (como o grupo S.O.S. Tricotilomania no Yahoo).
E você?
Você tem tricotilomania? Há quanto tempo luta contra o problema? Já tentou algum tratamento ou método para evitar o impulso de arrancar os cabelos? O que funcionou e o que não funcionou pra você? Conte pra gente nos comentários!



Olá, já faz mais de 10 anos que eu arranco cabelo. Tudo começou quando deixei meus cabelos crescerem, um dia minha irmã virou para mim e disse que meu cabelo estava ruim. Fui no espelho e tirei um fio mais escuro que outro, era grosso, a partir daí não parei mais de arrancar, sempre no mesmo lugar e às vezes em outras regiões. Já arranquei em outras partes do corpo, quando vejo já estou arrancando. O pior é quando vc vai cortar o cabelo, o cabeleireiro fica perguntando o que está acontecendo e vc tem que mentir, por isso sempre vou em salões diferentes. Hoje estou mais controlado, mas ainda é difícil conter a ansiedade, não sabia que era um distúrbio. O pior é quando vc está com sua namorada e ela pergunta por que vc está com a mão na cabeça, é complexo responder. Acredito que está perto de eu parar completamente, já faz um tempo que não arranco. Tudo depende de vc, mas quem não tem controle o melhor é procurar ajuda.
Eu também tenho isso, achei que era o único homem q fazia isso. Minha namorada tenta me ajudar, mas não consigo parar. Agora eu tô tentando sempre deixar minhas mãos ocupadas e usar chapéu. Só com fé em Deus e muita força de vontade vamos sair dessa.
Eu comecei a arrancar meus cabelos no ano passado, devido à pressão dos vestibulares. Quando não consegui passar na universidade que queria a situação se agravou. Estou com isso até hoje, mas só agora tô percebendo o quão grave isso é. As pessoas me chamam atenção dizendo que é uma “mania feia”. Conversei com minha mãe a respeito, mas ele brigou comigo dizendo que é apenas uma mania. Estou muito desesperada. Isso é quase automático e não percebo que estou fazendo. Eu preciso de apoio da minha mãe mas ela não demonstra interesse em me ajudar. Não sei o que fazer.
Luana, quem não sabe do que se trata pode mesmo acabar pensando que é uma bobagem, que você faz de propósito e pode parar facilmente. Quem sabe se você mostrar este post pra ela, isso ajude a mostrar que o problema é mais sério do que parece?
Olá, comecei a praticar a tricotilomania muito cedo, logo na adolescência aos 11 anos de idade, agora tenho 18 anos e ainda não tenho controle com os meus impulsos. Quando as falhas na cabeça se tornam mais fortes eu tento esconder com lápis de olho, disfarça bem com o meu cabelo escuro, mas ultimamente estou perdendo o controle com isso. Preciso de ajuda!
Olá, meu nome é Nathalia, tenho 15 anos e venho lidando com a tricotilomania a quase 2 anos. Comecei em uma época bem difícil da minha vida, estava indo mal na escola e eu tinha brigado com um grande amigo na época que não me lembro mais hoje a razão. Comecei a me cortar e arrancar os fios de cabelo e fiquei com uma grande falha na parte de trás do cabelo, na frente e nas laterais. Passo muita vergonha até hoje em ir ao cabeleireiro e ver que as pessoas ficam observando as falhas que eu tenho, muitos me perguntam o que aconteceu e eu sempre arrumo uma desculpa. Realmente já se tornou uma mania, algo inevitável. Não consigo parar de arrancar os fios, já passei em psicólogo mas não resolveu nada. Tenho medo de nunca conseguir parar 🙁
Olá. Tenho essa doença há exatamente 14 anos, e fico triste em saber que a cada ano piora mais. Tenho prazer de arrancar fios grossos e especificamente apenas no centro da cabeça, não sinto dores e sim muito prazer, pois quanto mais arranco mais quero continuar. Já passei vergonha em salões de beleza, mas nunca bastou para eu parar. Fico triste por não conseguir.
Eu sofro com isso há muitos anos, meus brigavam muito e se agrediam constantemente naquela época, eu tinha seis anos quando comecei a arrancar cabelo e até hoje tenho essa mania. Estou com 35 anos e meu cabelo nunca foi grande nem cheio por conta desse transtorno. Tive dois filhos e o bebê está com essa mania, passa a noite e na creche fica frequentemente com os dedos enrolados nos cabelos até conseguir puxar. Estou perdida sem saber o que fazer, ele tem 2 anos, será que devo procurar ajuda logo?
Bárbara, você pode conversar com um pediatra e/ou psicólogo pra saber o que pode estar causando este comportamento, ver se deve apenas observar como ele evolui ou quais opções você pode testar para começar a inibi-lo, ok?
Como não consigo postar um comentário, escrevo no seu post. O texto está ok, sem novidades e nada que difere dos milhares que li. Agora você dizer que tem cura e não mencionar a tal cura é no mínimo estarrecedor. TRICOTILOMANIA NÃO TEM CURA! Sofro desse mal a 33 anos, já fiz dezenas de terapias de todos os gêneros, já tomei todos os medicamentos possíveis e imaginários e de novo NÃO TEM CURA!!!!! Deveria revisar o seu título e não enganar quem sofre com a doença à procura da “tal cura” que você menciona. Decepcionada.
Patrícia, você tem razão. A palavra foi usada no título pra indicar que é possível controlar o problema, mas estava sugerindo um sentido incorreto (de alguma espécie de tratamento que pudesse fazer alguém parar de sentir vontade de puxar os cabelos definitivamente de uma hora pra outra ou algo do gênero). Pedimos imensas desculpas a você e a qualquer outro leitor que tenha se sentido ofendido por isso, essa jamais foi a nossa intenção. Já fizemos a correção no título do post. Obrigado pelo seu comentário.
Patrícia, tem cura sim minha querida! Eu sofri 50 anos com essa doença, tenho 65 anos agora. Tenho 3 filhos e 4 netos. Comecei a arrancar com 12 anos. Tinha fases de ficar sem arrancar alguns meses e depois quando o cabelo já estava crescendo bem grande, eu voltava a arrancar. Comecei a arrancar aos 12 anos e parei aos 62, quando comecei a fazer um curso de Reforma Íntima em uma casa espírita. Independente de religião, esse curso aceita todos que querem reformar o seu próprio interior. Eu moro em Ribeirão Preto, estado de São Paulo. Meu e-mail é dina_conte@hotmail.com. Agora ainda tenho muitas falhas, porque foram 50 anos e as raízes devem ter sido extirpadas. Agora aqui eu vi o nome do medicamento minoxidil e vou mandar manipular, tenho fé que vai me ajudar. Nunca fui a uma cabeleireira. Sabe como eu corto o meu cabelo? Quando lavo a cabeça, com os cabelos molhados, faço um rabo e passo a tesoura, você acredita? Agora estou na torcida que as minhas falhas sejam preenchidas e eu possa ir ao cabeleireiro fazer um corte chanel, que eu adoro. Sou eu quem pinto os meus cabelos sozinha. Tudo isso que já falaram aqui, já aconteceu comigo e com todos que tem essa doença. Se quiser falar comigo, estou à sua disposição. Um grande abraço fraterno! Que Deus Te abençoe!
Oi, eu sou Lucas, tenho 17 anos e acho que comecei aos 13. Eu geralmente procurava fios diferentes, meio deformados, escuros e grossos e puxava. Teve uma época que consegui controlar, mas hoje não consigo mais. Tô ficando com uma falha na cabeça, meus fios não crescem mais do mesmo jeito e eu tenho uma fama muito grande por ter um cabelo muito bonito desde pequeno, já me ofereceram ajuda mas tenho vergonha ou coisa do tipo.
Meu nome é Carla, tenho 28 anos. Estou sentindo várias dores no couro cabeludo. Já tem cerca de 15 anos que arranco meus fios de cabelo, e só descobri meu problema através do Fantástico, ainda tenho receio de procurar alguém. Quem devo procurar pra resolver esse problema?
Carla, dor no couro cabeludo é caso pra avaliar com um dermatologista, ok? Quanto à tricotilomania, você pode conversar sobre os tratamentos disponíveis com um bom psicólogo.
Me chamo Nathália, tenho 25 anos, sofro disto desde os meus 15 e não sei mais o que fazer. Já fiz tratamento com psicólogo mas não adianta. Passam meses, ameniza, parece que até consegui parar, mas depois volta tudo e volta pior. Fico mal com isso, porque as pessoas perguntam e eu tenho vergonha de falar. Tô casada há 2 anos e nem meu marido sabe, ele só sabe que não é normal meu cabelo ser assim, mas não sabe de tudo. Começo a arrancar e fica um bolo de cabelo no chão, e sem que ele veja eu cato. Quando as pessoas perguntam eu digo que é problema emocional, mas não digo que arranco. Eu sei que tenho um problema sério, mas eu já perdi a vontade de viver, minha autoestima está sempre lá embaixo. Já pensei em acabar com isso tirando a minha própria vida. No entanto acho que estou em depressão, pois evito sair de casa. Se eu puder só trabalhar e voltar pra casa tá ótimo. Me sinto incomodada com isso. Tenho vergonha de andar de mãos dadas com meu marido. Ainda bem que ele não tem vergonha de mim, mas eu tenho vergonha de mim mesma.
Nathalia, a gente sabe que controlar a tricotilomania é um processo muito difícil, e as recidivas podem ser extremamente frustrantes e desencorajar a continuidade dos tratamentos, mas é importante lembrar que se você já conseguiu observar melhoras no seu quadro uma vez, significa que você pode conseguir novamente. Mas se você tem a suspeita de estar com depressão, é importante buscar atendimento também para esta condição, ok? Muita gente diminui o problema e diz que é apenas uma tristeza, uma fase difícil, mas se for depressão de fato, trata-se de um problema sério que precisa ser tratado.
Olá pessoal, primeiramente queria dizer que estou muito feliz por ter encontrado esse site, por vocês estarem expondo suas vidas e reconhecerem que é um problema sério e não uma mania besta! Sou estudante do 8º período de Psicologia, tenho 24 anos e comecei a arrancar meu cabelo aos 11 ou 12 anos. Lembro do primeiro dia, uma colega sentada na minha frente na escola, e eu olhando a cabeça dela. Quis arrancar um cabelo dela que estava pra cima, como um espetinho, ela tinha vários arrepiados e um cabelo bem volumoso. Quando percebi que eu ia arrancar o cabelo dela, parei e fui olhar no meu com um espelho na mão, pra saber se tinha algum pra cima. A partir daí começou o sofrimento. Arrancava os fios arrepiados, depois os frizados, nao arrancava qualquer um, eles eram muito selecionados antes. Horas com a mão no cabelo e bolos de cabelo no chão. Todos me julgavam, inclusive meus pais me davam tapa na mão quando me viam com a mão na cabeça. Se a família de vocês faz isso, POR FAVOR chame os pais de vocês para uma conversa e falem o que vocês estão passando, que isso tem um nome e se chama TRICOTILOMANIA, que é uma doença e precisa de tratamento. Esses “tapas” e brigueiros só agravaram minha ansiedade de arrancar os fios, pois eu tinha que arrancar sem que ninguém estivesse vendo. O primeiro passo é você reconhecer que é um problema e que com a ajuda de um especialista (psicólogo ou psiquiatra) você vai passar a ter mais controle sobre suas atitudes e isso irá reduzir muito o problema ou até mesmo acabar. Faço acompanhamento com uma psicóloga especializada em psicanálise há 2 anos e pouco e já estou sentindo muito resultado. Comecei a ver a causa, por exemplo: ao arrancar um fio defeituoso você está querendo a perfeição, perfeição total, então pode ser que alguém esteja querendo que você seja perfeito (seus pais) e nem você nem eles percebem isso. So é possível essa compreensão com o trabalho psicológico. Meu cabelo era na bunda, liso, castanho escuro e nao muito cheio. Hoje meu cabelo é muito ralo, fiz luzes pra vê se amenizava as falhas, mas nao adiantou muito. Só uso cabelo de lado, tenho muitas falhas nas laterais próximo às orelhas e no miolinho na parte de cima. Quero recuperar meus cabelos, uso os melhores shampoos do mercado, mas tá difícil! Marquei uma consulta com uma dermatologista especializada em cabelos aqui no ES, quando eu for nela venho contar pra vocês as novidades. Lembrem-se: o quanto antes você aceitar, o quanto antes você vai tratar e menos cabelo vai perder. A longo prazo o prejuízo eh BEM MAIOR, pois o fio arrancado duas vezes ou mais, quase nao cresce mais. BUSQUE AJUDA!
Gente, eu participo de um grupo no Whatsapp, quem quer entrar em contato comigo é só me chamar no Whatsapp (73)88793795, bjs
Incrivel, realmente parece q a idade entre os 11-13 anos é a que mais foi citada. Também tenho isso e não, não é legal. Comecei também com 12 ou 13 anos. Sou muito nervosa, ansiosa, mas também sou muito EU, não ligo muito pros que os outros pensam e deixam de pensar. Mas quando paro e observo vejo q tá fazendo mal pra mim mesma. Arranco a parte da frente como uma faixa pra trás até o redemoinho. Meu pai nunca foi uma pessoa tão sensível, sempre mandão e brigão, enfim, nunca deu apoio nenhum. Minha mãe mandou pra psicóloga mas não adiantou, me receitou remédio anti stress pra acalmar, mas eu acho q quem precisava era meu pai mesmo. As brigas dele me deixam estressada até hoje, mas como já moro sozinha isso deixou de incomodar tanto, acredito eu. Mas quando vou estudar pra uma prova difícil eu me deparo arrancando muito mais do que o normal. Por mim o povo fala o que bem entender, tô pouco importando, mas eu sei que é ruim pra mim. Meu cabelo é liso loiro natural, sei que podia ser muito bonito, mas não é por culpa minha. Psicólogo não adiantou, sei la… já usei tanta coisa pra crescer e não adianta… eu arranco, como que vai crescer??!!!! Muito legal eu achar vocês aqui, ler esse tanto de comentários e ver que não estou sozinha.
Eu tenho esse problema a anos, e você descreveu direitinho o que eu vivo!! Por favor me ajude, o que fazer para parar com isso??? Achei que fosse a única no mundo a passar por isso, mas vi que não, e quero a cura tanto quanto todos!!
Comecei a arrancar e quebrar meus fios de cabelo a mais ou menos dois anos. Meus familiares e amigos reclamam, mas não consigo me conter. No momento em que estou arrancando os fios sinto um alívio, mas depois me desespero ao ver a grande quantidade de cabelo no chão. Não sei ao certo qual motivo específico me fez desenvolver essa compulsão. Tive uma infância difícil, e passei por uns problemas recentemente, mas não sei se justifica, pois sempre fui muito controlada emocionalmente, nunca demonstrei nenhum tipo de problema. Gostaria de saber o que devo fazer?
A primeira vez que me dei conta, foi minha irmã me dizendo que eu tinha um buraco na cabeça. Não consigo parar, eu tento, fico um tempo sem e depois volta tudo à tona. É horrível, pq o meu é bem no centro da cabeça, sempre que deixo crescer fica aqueles “fiozinhos” e sempre tem alguém pra perguntar o pq. E outra, eu não sinto dor na área onde arranco, sinto dor em todo o couro cabeludo menos onde eu arranco. É muito tenso, o pior é o constrangimento.
Eu arranco o fio e como a raiz, como se chama isso? Tem cura? Me ajude por favor, tenho um buracão no meio da cabeça, tento disfarçar de todo o jeito mas sempre tem alguém me perguntando por que tenho falha na cabeça. Fico constrangida pois não posso ir a um salão de beleza. Não sei ao certo o porque disso, mas comecei muito cedo. Hoje em dia no lugar que eu arranco nasce cabelo branco, por isso estou sempre pintando para disfarçar. Quando estou arrancando sinto uma sensação de alivio, na maioria das vezes é involuntário, não percebo que estou arrancando, quando vejo aquele tanto de cabelo no chão entro em desespero. É um sofrimento que carrego comigo a anos, e o pior que carrego sozinha, pois morro de vergonha/medo de alguém descobrir!!
Lili, quando o indivíduo come os fios (em parte ou inteiros) o quadro se chama tricofagia (falamos um pouco sobre isso neste trecho aqui). Isso pode fazer muito mal para a sua saúde, portanto não deixe de buscar tratamento, ok?
Obrigada pala atenção, vou procurar ajuda sim!
Bom dia, meu nome é Silvia Helena, tenho 25 anos. Não sabia que esse tipo de reação era uma problema, e ao ler essa reportagem fiquei um pouco assustada, pois eu arranco meus fios da cabeça já faz um bom tempo e nem me lembro desde quando. Quando estou muito preocupada ou ansiosa com algo tenho essa reação, arrancar os fios ruins da minha cabeça, fico alisando, procurando os piores fios e quando os acho não penso duas vezes, eu arranco mesmo. Mas ultimamente meu cabelo está caindo muito e no meio da minha cabeça já tem um buracão. O que devo fazer?
Silvia, falamos sobre alguns dos tratamentos disponíveis neste trecho aqui.
Sofro com tricotilomania há mais ou menos 1 ano, e só vem mais vontade de arrancar quando estou assistindo. Sei que é totalmente errado, mas não consigo parar. Ainda não fui a um psicólogo, pretendo! É horrível, depois de cólica essa é a segunda pior coisa que existe (digamos assim). Vejo que estou arrancando mas mesmo assim não paro, é uma vontade incontrolável, e mesmo assim quando arranco continuo sentindo vontade de arrancar. Não sei o que fazer. Dizem que sentimos mais vontade quando o cabelo está limpo… naaaaaadaa, eu sinto sempre!
Tenho esse problema há mais de 8 anos. É um problema terrível, nunca fui ao médico pra falar sobre, mas sofro muito, pois arranco muitos cabelos e depois toro eles. Meu quarto fica cheio de cabelo no chão, é horrível. Minha cabeça dói bastante na parte do couro cabeludo, e uso mega hair pra dar mais volume ao cabelo. É uma mania torturante…
Comecei com isso por volta dos 6 anos, hoje com 22. Arranco de diversas áreas e como a raiz. Quando pequena minha mãe me levou no psiquiatra, mas não teve jeito, já tomei anti depressivos também que não resolveram meu problema. Quando estou numa fase deprimida arranco muito, deixando várias falhas, e meus familiares falam grosso, com rispidez, como se dependesse de mim para parar. Certa vez eu coloquei metas, de que arrancaria 10 fios por dia, e depois a apenas um, fiquei três meses nessa, e dentro desse período fiquei vários dias sem arrancar nenhum… mas é só eu voltar a ficar deprimida que sempre volta. Quando minha irmã, pai ou mãe gritam comigo para q eu pare com isso, me sinto ainda mais impotente, pois não é algo de minha vontade.
Olá meninas, infelizmente tbm tenho essa maldita doença. Fazem 10 anos que tento combatê-la e só agora com 25 anos eu tô conseguindo ver resultados. Me identifico com MILHARES DE DEPOIMENTOS que já li, e preciso dizer que eu entendo TUDO que vcs sentem e passam. Como é dificil encontrar pessoas que entendam que isso é uma doença. Eu escondi durante muito tempo de todos, porém chegou a um ponto que minha mãe e irmã descobriram. No inicio foi MUITO difícil para elas entenderem essa doença, sofri com críticas delas, pois pensavam que quanto mais brigassem comigo eu iria “tomar vergonha na cara” e iria parar, porém isso nunca aconteceu. Mas o bom é que depois que descobri com elas que era uma doença, elas foram entendendo tudo que eu sinto e todas as dificuldades que passo pra esconder de todos. Hoje em dia elas são minhas cúmplices e tentam me ajudar de todas as formas, foi aí que descobri que a COMPREENSÃO É TUDO.
No inicio desse ano piorei muito. Só arrancava no topo da cabeça, colocava o cabelo de lado e sempre usava uma tiara, pq nós sabemos que o vento é o nosso maior inimigo. Foi aí que depois de tanta angústia, depressão, ansiedade, nervosismo, vergonha, desespero, culpa e tbm falta de opção, pois não conseguia mais esconder se não prendesse o cabelo, que resolvi tentar algo diferente.
Minha irmã descobriu que muitas pessoas que sofrem com a TTM usam próteses capilares, dependendo do grau da doença. Eu realmente sou careca no topo da cabeça, pois arranco até com pinças os cabelos novos. Então fui em Zezinho Cabeleireiros, olhem o youtube dele, ele tbm tem site e facebook, o trabalho dele é INCRÍVEL. Ele atende em SP e eu moro no RN, então viajei pra lá, e atualmente estou com uma prótese no topo da cabeça e o meu cabelo está crescendo por debaixo.
GENTE, QUE SENSAÇÃO MARAVILHOSA!!! Vocês precisam tentar como eu, pq cmg está dando certo e pode dar com vcs também. Eu acho que melhorou minha autoestima em 90%, comecei a me achar bonita com cabelo, e não tem como eu arrancar pq não fico me olhando no espelho direto, e quando olho me acho LINDA. Foi aí que descobri que vc que está lendo isso não vai conseguir parar de arrancar se sua autoestima estiver baixa. Quando nos sentimos bonitas e normais, temos mais FORÇA, VONTADE e CONTROLE.
Eu preciso dizer que Zezinho é MARAVILHOSO. Ele não apenas coloca a prótese e pega seu dinheiro, ele conversou cmg sozinha numa sala fechada durante horas, disse que já colocou em outras meninas, ele te entende, te aconselha, te tranquiliza, te MANDA procurar ajuda de um médico, ele é O CARA!
Eu confesso que ainda não fui ao médico, mas não briguem cmg pq eu VOU COM CERTEZA, não fui antes pq minha vergonha era grande, mas eu sei que SOZINHA EU NÃO CONSIGO. Espero que com esse depoimento eu consiga ajudar alguém. Eu não conheço vocês mas vou rezar pra que DEUS não só me ajude mas ajude vcs tbm. Vcs não estão sozinhas/os, já chorei muito arrancando e rezando, mas eu sei que se hoje eu não sou totalmente careca foi DEUS que não permitiu, e eu tenho FÉ que ele vai continuar me ajudando nessa caminhada. Eu não estou em busca da cura pq já sei que ela não existe, estou em busca do autocontrole, essa doença não pode ser maior que eu, ela não vai acabar com minha vida, eu não vou permitir!
Laura, temos certeza que o seu depoimento vai ajudar a inspirar muita gente! Obrigado por compartilhá-lo. Quem quiser saber mais sobre as próteses capilares pode ler o nosso post sobre o assunto clicando aqui.
Houve uma vez que arranquei meus cabelos da nuca, não tenho tricotilomania e isso ocorreu apenas uma vez. Gostaria de saber se o minoxidil pode devolver o volume dessa área. Não tenho falhas, mas os cabelos estão muito ralos e fracos, e outros tônicos não resolveram.
Cristina, só o seu dermatologista pode avaliar o seu caso específico e determinar quais os melhores tratamentos, ok?
Comecei a arrancar meus cílios quando tinha 14 anos e sempre que passava algum nervoso, medo ou ansiedade. Já passei muita vergonha quando me perguntavam por que eu não tinha cílios e nunca falei nada pra ninguém desse meu problema. Hoje tenho 33 anos, sofro com problemas nos olhos e não sei se deve ser por causa da tricotilomania. Estou com vergonha de ir ao oftalmologista e ele perceber que não tenho cílios.
Oi, meu nome é Lays, sou de Arapiraca AL e já sofro com isso a 3 anos. Tenho 17 e comecei com 15. No começo eu achava normal, comecei tirando só as pontas duplas, aí muitas vezes o fio quebrava, e hoje arranco o fio inteiro. Meu cabelo era super cheio, hoje ele é super ralo comparado a antes. Não sei o motivo pelo qual comecei a fazer esse ato, talvez pelo afastamento do meu pai, ou relacionamentos frustantes. Na maioria das vezes faço escondida, deitada no meu quarto. Eu não vejo as horas passarem, penso que não quebrei muito, mas sempre quando me levanto e me deparo com o estrago que fiz me assusto e quero muito parar. Já tentei sozinha, mas isso é muito forte, quando menos espero já estou arrancando de novo. Dá uma sensação de prazer, desgosto e arrependimento, tudo junto. Me ajude pfv.
Tbm sinto essa mesma sensação, é horrível. 🙁
Sou Marcela, tenho 26 anos e comecei a arrancar meus cabelos com 14 anos. A cada dia que passa só piora a situação, já estou ficando com buracos enormes na cabeça. Meu cabelo é lindo na cintura, todos os cabeleireiros ficam chocados quando falo que arranco um cabelo tão lindo, mas não consigo para de arrancar. Gostaria de uma ajuda urgente 🙁
Sou a Alexandra e tenho 16 anos. Comecei a arrancar o cabelo desde que me lembro. Cheguei ao ponto em que se viam muito as partes sem cabelo, as pessoas olhavam muito pra mim e umas pensaram que eu tinha cancro, apesar de eu negar não acreditavam pois não conseguiam arranjar outra explicação. Em casa a minha mãe fazia ameaças que se eu não parasse não ganhava a prenda que queria, e dizia que eu devia ter vergonha, um dia ia ficar careca, mas isso não me ajudava, só me fazia pior. Não entendem que é uma doença e que não o faço por escolha. Cheguei ao meu limite quando mudei de escola e não conhecia ninguém. Foram cruéis e ganhei uma força de vontade para parar, mas não parei totalmente, ao contrário do que toda a gente pensa. Só consigo controlar um pouco roendo mais as unhas, mas continuo a fazer, por vezes tenho recaídas e quando dou por mim já tá o chão cheio de cabelos. Sinto-me muito culpada, o que me faz roer mais as unhas. Só queria saber se é possível parar totalmente e se é normal puxar mais numas alturas do que noutras.
É normal sim, Alexandra. Algumas pessoas arrancam os fios de áreas específicas da cabeça, outras selecionam os fios pela textura, espessura ou outras características. A tricotilomania pode ser controlada sim; algumas pessoas fazem isso por conta própria, mas existem tratamentos que podem ajudar.
Tenho 13 anos e há pouco tempo venho notando que estou sempre arrancando alguns fios do meu cabelo, quando estou vendo TV, no computador, celular, etc… Sempre que estou distraída, quando estou sozinha na maioria das vezes e até quando estou com alguém, e agora lendo esse artigo e os comentários fiquei com muito medo de não conseguir parar. Tenho uma pergunta, o único jeito de se livrar dessa “doença” é no médico? Não tem muitas possibilidades de dar certo se eu tentar sozinha?
Maria Clara, a gente já viu diversos relatos de tricotilomaníacos que conseguiram controlar o problema por conta própria sim, mas os tratamentos podem auxiliar bastante nos casos em que a pessoa não dá conta de fazer isso sozinha.
Me chamo Catarina e não sei ao certo quando comecei a arrancar os cabelos, na adolescência talvez, lembro de ficar deitada no sofá assistindo TV e arrancando os cabelos, procurando sempre por fios mas grossos, danificados e pequenos. Hoje com 25 anos ainda continuo, mas só procurei saber agora desse distúrbio. Mas não me sinto deprimida, até brinco com as pessoas sobre isso. Sempre arranquei em um determinado local, mas agora está piorando.
Me ajudem, não sei pq to assim. Vejo minhas amigas de cabelo solto, só eu de cabelo amarrado tentando esconder, às vezes não consigo. Minha mãe fala que é pra eu tomar vergonha na cara e isso é pq eu quero. Não posso ir em nenhum lugar pra me tratar pois meus pais não querem. Me ajuda?
😳😭😭😭😥😥😥😥😖😖😖😫😩😷 Muitas vezes já quis me suicidar, e acho que isso é a unica solução…
Gis, você já tentou mostrar este post aqui do site ou outros artigos sobre tricotilomania para os seus pais? Eles devem reagir dessa forma porque de fato não fazem ideia da gravidade do problema, não sabem que muitas outras pessoas sofrem com o mesmo distúrbio e pensam que é um comportamento simples, e que você não para só pra contrariá-los, por exemplo. É preciso fazer com que eles entendam o que está realmente acontecendo. A gente sabe que isso pode ser difícil e complicado, mas não desista, ok? Suicídio não é solução pra nada. Tenha força e lembre-se de que você não está sozinha nessa.
Tenho essa compulsão há pelo menos uns 9 anos e aos poucos a intensidade foi aumentando. Tive que me desfazer do meu cabelo comprido e usar o mais curto possível. Já pesquisei bastante a respeito da recuperação dos fios mas nunca achei algo exato se eles voltam ou não a crescer depois de serem tão arrancados.
Will, não existe uma referência exata sobre isso, como um determinado número de vezes que um fio pode ser arrancado antes de parar de crescer por completo. O que sabemos é que arrancar o fio pode provocar danos ao folículo, e esses danos podem fazer com que ele venha a não produzir mais fios no futuro.
Olá, há 4 meses eu dei meu depoimento e agora estou voltando para dizer o que aconteceu. Bom, a tricotilomania realmente não tem cura, mesmo que você vá ao médico e tome remédios. Eu posso dizer por experiência própria que a cura depende da força de vontade mesmo, eu sei que é difícil mas eu estou conseguindo. Meu cabelo está bonito e as falhas já estão desaparecendo, isso me deixa muito feliz. Mas está sendo fácil. Eu mudei depois que meu ex marido me mandou uma mensagem falando que eu era feia só porque não tinha cabelo. Daí eu arrumei uma razão para provar pra ele o contrário, toda vez que eu penso em arrancar meu cabelo eu lembro da mensagem. É só um exemplo de como eu estou conseguindo superar a doença. Você precisa achar na sua vida uma razão ou motivo que te faça ser mais forte do que a vontade de arrancar os cabelos. É claro que as recaídas existem, às vezes eu fico feliz e toda hora dá vontade de ficar olhando e penteando meu cabelo no espelho. Isso não é legal porque de repente, sem eu perceber, já estou passando os dedos no cabelo. Eu também estou passando alguns produtos pra fortalecer a raiz e crescer rápido. E quando entro em depressão ou fico ansiosa, eu saio de casa e vou pra lugares públicos até a vontade passar. Agora eu estou tentando parar de arrancar os cílios, que é mais difícil. Mas a minha preocupação era o cabelo da cabeça, por causa da aparência. Eu não me abri com ninguém da minha família e nem vou falar nada sobre minha doença porque acho que seria pior. Eles achariam que sou doida e me olhariam diferente.
Bom dia, minha filha começou a arrancar os cabelos com apenas 2 anos, quando passei por um tratamento de câncer onde perdi meus cabelos. Agora ela tem 7 anos e não sei como agir para fazê-la parar. Precisamos de ajuda, pois cada dia aumenta a compulsão. Já a levei ao psicólogo, fizemos um tratamento de troca, mas não tivemos resultados. Chegou ao ponto dela falar que queria parar mas não consegue, dói meu coração, pois ela é muito nova para entender a gravidade.
Ivone, você pode conversar com outros profissionais, testar outros tratamentos, explicar como foi a experiência de vocês com o primeiro psicólogo e tentar avaliar outras alternativas. Não desista, ok? A gente sabe que lidar com a tricotilomania pode ser bastante cansativo e frustrante, mas só o fato de a sua filha ter a compreensão e o apoio da família com certeza já vai ser uma ajuda extremamente valiosa.
Meu Deus, eu sempre faço isso, mas nunca ia imaginar que é uma doença… o que eu faço?? Eu arranco vários cabelos, mas pq acho que eles não fazem parte do meu cabelo natural, pq eles são muito enroladinhos, meio crespos, e meu cabelo é ondulado… arranco todos os brancos que eu vejo tbm. Eu achava que isso era normal, pq esses enroladinhos saem com muita facilidade. Oq eu faço??? 🙁
Fran, pra quem não consegue controlar a tricotilomania sozinho, existem diversas opções de tratamento (falamos sobre algumas delas neste trecho aqui).
Gente, no meu caso é o seguinte: eu aliso o cabelo de 3 em 3 meses, porém no meio desse intervalo o cabelo já não tá mais tão liso. Então, quando ele fica ondulado, começa essa minha mania compulsiva. Eu fico passando os dedos procurando os fios irregulares, e quando encontro um fico com as unhas passando repetidamente até ele abrir, ficando duplo. Então eu termino de abri-lo, como se dividisse ao meio, daí jogo no chão o pedaço e sobra o fio mais fino e opaco na cabeça. Então volto a procurar outro fio pra fazer a mesma coisa. Quando percebo o chão tá cheio de cabelo. Tenho vergonha de fazer isso perto de outras pessoas, mas é tão viciante que agora já faço perto do meu marido. Às vezes ele pergunta: “O que você está fazendo?”. Eu falo: “Nada”. E até paro momentaneamente, porém o impulso é mais forte e eu e volto a fazer. O fios que sobram ficam fracos e frequentemente quebram. Às vezes fico até com os dedos doloridos de tanto movimento repetitivo que faço, só paro quando fico com os braços cansados. Nossa, isso é tão estranho e constrangedor… no momento eu não estou fazendo pois alisei recentemente, mas sei que daqui a um mês vou começar tudo de novo. Tenho 32 anos, sempre falo que vou parar, mas é como um vício. Já percebi que quando corto o cabelo na altura dos ombros diminui essa vontade de ficar puxando os fios, e quando estou com cabelos longos (tipo no meio das costas) a vontade aumenta.
Preciso de ajuda, o único jeito de não arrancar é se prendo o cabelo, no entanto ele está curto, todo quebrado, não consigo prendê-lo (tive que cortar pq arrancava só de um lado e estava um lado maior que o outro). Estou cada vez com a autoestima lá embaixo, todos percebem pq faço isso o dia inteiro no trabalho, ao final do dia o chão está cheio de cabelo, em casa, no trabalho… n sinto dor de cabeça, meus dedos as vezes criam calos, machucam de tanto puxar… meu cabelo é cheio, já foi longo, agora está cheio de falhas, as pontas horríveis, várias falhas na cabeça, todos comentam. Alguém encontrou uma solução? Tenho 21 anos, meu cabelo está horrível e não consigo parar, não aguento mais.
Olá pessoal, comecei a puxar o cabelo com 9 anos de idade, hoje tenho 15 pra 16 e ainda continuo, antigamente era muito mais. Me lembro das inúmeras vezes que meus pais choraram na minha frente pra eu parar. Ficava com enormes falhas na cabeça, e nunca me senti à vontade de conversar com alguém. Já fui em psicólogo mas nada, a vontade sempre fala mais alto. Sinto um prazer, uma vontade de puxar, mas ao mesmo tempo sei que isso é errado, pq eu sou linda e cada dia vou me vendo mais feia por conta do que faço! Só que hoje, depois de ver tudo isso que vocês falaram, os comentários, eu vou parar pq eu quero me ver bem, não quero ficar careca ou passar por transtornos por puxar o cabelo, já fui zoada mas agora vai ser diferente, eu vou conseguir, eu sei que eu posso e que todas vocês podem! Vamos lá, chega disso!
Quando eu era criança, aos 11 anos, eu comecei a arrancar cabelo, na época arranquei quase a metade doss cabelos e sofri muito com bullying na escola. Eu usava boné direto e meus pais me levaram a um médico que me disse para comer peixe e cenoura. rsrsrs Hoje quando penso sei que era emocional e eu necessitava de tratamento psicológico. Ao longo dos anos algumas vezes voltei a arrancar, mas poucos. Agora aos 43 anos voltei a arrancar com toda força e quanto mais puxo mais tenho vontade. Estou com meu couro cabeludo dolorido e para amenizar estou decidido a raspar todo o cabelo.
Boa noite, gostaria muito de uma ajuda, não aguento mais arrancar os cabelos do meio da cabeça, quando ta começando a crescer volto a arrancar tudo de novo, o local da cabeça fica dolorido demais. Desde 13 anos de idade que eu arranco os cabelos, quando eu fico tensa piora mais ainda, não estou indo mais a salão, por as cabeleireiras ficam perguntando eu fico com vergonha e não volto mais, me ajudem.
Oi, boa tarde. Bom, eu não tenho o hábito de comer cabelo, mas quebro as pontas dos fios nos dentes. Não engulo. Por ele estar muito danificado por química fica mais fácil, e isto se tornou um vício, pois se eu estou sem fazer nada, mesmo com o cabelo preso, solto só para fazer isto. Gostaria de saber se isto ja é considerado uma doença.
Lucineia, se te causa qualquer tipo de transtorno e você não consegue parar sozinha, é válido conversar com um bom psicólogo e analisar os tratamentos disponíveis.
Olá, a alimentação pode influenciar esse comportamento? Tenho esse costume desde de criança, agora tenho 20 anos e nunca me atrapalhou, parece que a gente só percebe quando as pessoas falam. Só agora que comecei a me preocupar com isso, pois dá pra notar que estou ficando careca. A ansiedade pode ser controlada?
Marcele, nós já vimos alguns relatos de pessoas que dizem ter sentido melhora ao retirar alguns tipos de alimentos da dieta (cafeína, açúcar, entre outros), mas nenhuma fonte confiável ou estudo estabelecendo definitivamente uma relação entre estes fatores. Se você quiser testar alguma adaptação na sua alimentação, não deixe de conversar primeiro com um nutricionista, ok?